Crédito: Arquivo/Midiamax A suspensão da importação de canetas emagrecedoras à base de tirzepatida produzidas no Paraguai tem levado moradores de Mato Grosso do Sul a recorrer ao contrabando para manter tratamentos de emagrecimento e controle do diabetes. Com a oferta ilegal dominando o mercado, o preço dos medicamentos clandestinos chega a ser até 180% maior do que o praticado em farmácias paraguaias.
A medida foi anunciada pela Anvisa na última quinta-feira (20), que proibiu os produtos T.G. 5, Lipoless, Lipoless Eticos, Tirzazep Royal Pharmaceuticals e T.G. Indufar. A Agência afirma que nenhum desses medicamentos possui registro sanitário no Brasil, e portanto não teve sua eficácia, qualidade ou segurança avaliadas. Até então, a importação era autorizada exclusivamente para uso pessoal, mediante prescrição médica.
O baixo custo das canetas paraguaias se deve ao fato de que o país vizinho quebrou a patente da tirzepatida, permitindo que diversos laboratórios produzam versões do princípio ativo encontrado no Mounjaro. No Brasil, a farmacêutica Eli Lilly detém o monopólio da substância, o que faz com que os preços aqui sejam até três vezes mais altos.
Mesmo com a proibição, o mercado ilegal segue aquecido. A reportagem do Midiamax identificou contrabandistas oferecendo tirzepatida abertamente em redes sociais, além de farmácias paraguaias anunciando entrega da substância proibida para todo o território brasileiro.



