Crédito: Yik Yeung/Bloomberg Um incêndio de grandes proporções atingiu um condomínio residencial na região de Tai Po, em Hong Kong, deixando 36 mortos e 279 desaparecidos. O fogo começou na tarde de quarta-feira (26), no horário local — ainda madrugada no Brasil — e se espalhou rapidamente pelos oito blocos que compõem o conjunto habitacional Wang Fuk Court.
Segundo o chefe do Executivo local, John Lee, 29 pessoas seguem hospitalizadas, sendo sete em estado crítico. A tragédia também vitimou um bombeiro, Ho Wai-ho, de 37 anos, que trabalhava na estação de Sha Tin e atuava há nove anos no Corpo de Bombeiros. Ele foi encontrado com queimaduras graves fora da área do condomínio e morreu horas depois no hospital.
O incêndio foi classificado como categoria 5, o nível mais severo, às 18h22 no horário local. Informações do Corpo de Bombeiros, confirmadas pela BBC, indicam que ao menos 13 pessoas ficaram presas nos prédios durante o início da manhã no horário de Brasília.
Os edifícios estavam em reforma, e os andaimes de bambu — ainda amplamente utilizados em Hong Kong — facilitaram a propagação das chamas ao redor das estruturas. As autoridades evacuaram moradores dos blocos afetados e de construções vizinhas, levando-os para abrigos temporários. Linhas de transporte público também foram desviadas.
Uma moradora relatou à RHTK que ouviu “várias explosões, como fogos de artifício” enquanto as chamas avançavam. Os prédios do condomínio têm 31 andares e aproximadamente 2 mil unidades habitacionais. Colunas densas de fumaça cinza podiam ser vistas saindo das janelas enquanto equipes de emergência tentavam controlar o fogo.
O chamado para os serviços de resgate chegou às 14h51, horário local, e mobilizou dezenas de equipes do Corpo de Bombeiros de Hong Kong.
