A prévia da inflação oficial subiu para 0,20% em novembro, conforme o IPCA-15 divulgado nesta quarta-feira (26) pelo IBGE. O aumento já pesa no orçamento das famílias de Mato Grosso do Sul, sobretudo nas despesas com viagens, alimentação e serviços. No acumulado de 2024, o índice soma 4,15% e, em 12 meses, chega a 4,50%.
Viagens mais caras para quem embarca por Campo Grande
O grupo Despesas Pessoais registrou a maior alta do mês (0,85%), impulsionado pelos aumentos em hospedagem (4,18%) e pacotes turísticos (3,90%). Como Campo Grande é ponto estratégico para viagens de verão e turismo corporativo, o impacto é direto no bolso de famílias e empresas.
O grupo Transportes também pressionou o índice (0,22%). As passagens aéreas subiram 11,87%, representando o maior impacto individual do mês. Com a oferta limitada de voos na Capital, o aumento pesa ainda mais para quem depende do aeroporto local.
Apesar disso, os combustíveis ajudaram a conter maiores avanços: etanol (-0,54%), gasolina (-0,48%) e diesel (-0,07%) caíram, movimento percebido nos postos de Campo Grande nas últimas semanas.
Alimentação volta a subir após cinco quedas
O grupo Alimentação e bebidas voltou a registrar alta (0,09%).
A alimentação dentro de casa ainda ficou negativa (-0,15%), com queda em itens essenciais como arroz (-3,10%), leite longa vida (-3,29%) e frutas (-1,60%).
Por outro lado, produtos bastante consumidos no Estado subiram com força:
– Batata inglesa (+11,47%)
– Óleo de soja (+4,29%)
– Carnes (+0,68%)
A alimentação fora de casa acelerou para 0,68%, com aumentos tanto na refeição (0,56%) quanto no lanche (0,97%).
Energia elétrica segue em queda, mas bandeira vermelha pesa
No grupo Habitação, a alta foi leve (0,09%). A energia residencial recuou 0,38%, porém o desconto é limitado pela continuidade da bandeira vermelha, que adiciona R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos — pesando nas contas de residências e comércios.
Condomínio (0,38%) e aluguel residencial (0,37%) também aumentaram e seguem elevando o custo de vida urbano.
Regiões brasileiras: destaque para Belém
Entre as capitais pesquisadas:
– Belém liderou a inflação, com alta de 0,67%, puxada por um aumento expressivo de 155% nas hospedagens provocado pelo fluxo de turistas.
– Belo Horizonte teve o menor índice (-0,05%), devido às quedas na gasolina e nas frutas.



