Crédito: Alex Santos/RCN 67 Uma mulher de 36 anos, sem identidade divulgada, foi condenada a 22 anos, nove meses e 16 dias de prisão em Paranaíba por crimes de perseguição virtual (stalking) praticados ao longo de dois anos contra pelo menos 15 pessoas, incluindo o ex-companheiro.
O caso ganhou repercussão após registros de ameaças contínuas e ataques online. A vítima havia se mudado de São José do Rio Preto (SP) para Paranaíba na tentativa de se afastar das perseguições, mas a mulher conseguiu descobrir seu novo endereço e continuou a divulgar ameaças e acusações falsas nas redes sociais.
Entre as alegações da condenada, ela afirmava que o ex-companheiro seria “estuprador de crianças” e teria um mandado de prisão em aberto. As ofensas também atingiram familiares, amigos e empregadores da vítima, causando danos emocionais e profissionais.
Investigação e prisão
Segundo a Delegacia de Atendimento à Mulher (DAM), a condenada utilizava chips em nome de terceiros, inclusive de vítimas, além de perfis falsos em redes sociais e múltiplas linhas telefônicas. Ela chegou a ingressar com ação judicial alegando abandono afetivo, apresentando imagens de conversas supostamente manipuladas.
Após a identificação da autoria e a continuidade das condutas, a Polícia Civil solicitou prisão preventiva e mandado de busca domiciliar. A ordem judicial foi cumprida em 30 de setembro de 2024, em São José do Rio Preto, e a mulher permanece presa desde então.
A sentença abrangeu diversos crimes: denunciação caluniosa, ameaça, falsa identidade, stalking, falsidade ideológica, invasão de dispositivo informático e injúria racial.



