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Segunda, 09 de junho de 2025

Policiais penais denunciam agressões durante curso em MG

Sindicato da categoria recebeu fotos que mostram ferimentos; órgão vai acionar o Ministério Público para investigação externa

27 de jan 2022 - 10h:27 Créditos: R7
Crédito: SINDPPEN/MG

Policiais penais denunciam que foram agredidos e ameaçados durante um treinamento para o Cope (Comando de Operações Especiais) de Minas Gerais. Imagens divulgadas pelo sindicato da categoria mostram ferimentos nas mãos e hematomas por todo o corpo.

Segundo o Sindppen-MG (Sindicato dos Policiais Penais de Minas Gerais), o curso é organizado pela Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e começou no dia 3 de janeiro, com 126 alunos. Patrick Dutra, diretor-executivo do sindicato, afirmou que as denúncias começaram logo no início do treinamento após a eliminação de mais de 50 agentes. 

“Os policiais desembolsaram até R$ 7.000, com farda, armamento e exames, para fazer o curso. Eles ficaram indignados com as desclassificações sem motivo”, explica.


Policiais teriam sido agredidos no treinamento
SINDPPEN/MG

Policiais teriam sido agredidos no treinamento


Na segunda-feira (24), as imagens dos ferimentos chegaram ao sindicato. Segundo Dutra, os relatos de agressões verbais e físicas foram feitos após a divulgação do caso do afastamento de dez policiais militares de um treinamento da Rotam (Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas).

“Os policiais eram ameaçados para não contar o que acontecia no curso. Depois dos casos de agressão no treinamento da Rotam, eles enviaram as imagens. Temos relatos que dão conta de que eram agredidos até com corda e paus”, explica.

O Sindppen-MG afirmou que vai procurar o Ministério Público para que haja uma investigação externa. "Muitos desistiram por causa da situação vexatória. Quem foi desclassificado vai entrar com uma ação contra o estado pela forma da eliminação", finaliza o diretor.

"A Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública, por meio da sua Unidade de Treinamento (Utre), tomou conhecimento das imagens que circulam nas redes sociais e irá apurar a veracidade das informações. Também já foi solicitada a abertura de investigação para apurar possíveis excessos cometidos ao longo do curso em questão, bem como a responsabilização daqueles que eventualmente veiculam imagens inverídicas", informou a Sejusp em nota.

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