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Domingo, 27 de julho de 2025

Óleo de soja ou banha de porco: qual é mais saudável para cozinhar?

Nutricionista esclarece os prós e contras de cada opção e revela qual é a melhor escolha para sua saúde; confira

27 de mar 2025 - 17h:19 Créditos: Metrópoles
Crédito: Divulgação

A escolha do tipo de gordura para cozinhar pode ser uma tarefa difícil, especialmente quando comparamos opções populares como a banha de porco e o óleo de soja. Cada uma possui características específicas que podem influenciar a saúde. Para entender melhor as diferenças entre elas, o Metrópoles entrevistou a nutricionista clínica Jéssica Basílio Pinke, que explicou os benefícios e cuidados ao utilizar cada uma delas.

Gordura boa, mas que deve ser consumida com moderação

A banha de porco tem se destacado nos últimos anos como uma opção mais saudável devido à presença de gorduras poli-insaturadas, conhecidas como “gorduras boas”. Elas ajudam a aumentar os níveis de ácidos graxos benéficos, contribuindo para a redução do colesterol LDL, o chamado “colesterol ruim”. Além disso, a banha é uma boa fonte de vitaminas D e E, essenciais para a saúde.

No entanto, como toda gordura, a banha deve ser consumida com moderação. Ela é rica em calorias e, apesar de ser mais estável quando aquecida, o que a torna uma opção mais segura em comparação ao óleo de soja, a alta concentração de gordura saturada pode, com o uso excessivo, contribuir para o aumento do colesterol e o ganho de peso.

“Apesar de ser mais estável ao ser aquecida e ter um perfil de gordura mais saudável, a banha de porco deve ser usada com parcimônia. Em excesso, pode gerar efeitos indesejáveis à saúde”, destaca a profissional.

Óleo de soja: vilão ou aliado na cozinha?

O óleo de soja, por sua vez, é uma opção muito utilizada no Brasil, principalmente para frituras. Ele também contém ácidos graxos poli-insaturados, como os populares ômega 3 e ômega 6, que são poderosos antioxidantes. No entanto, quando aquecido a temperaturas altas, como nas frituras, o óleo de soja sofre alterações químicas em sua composição, gerando substâncias prejudiciais, como a acroleína, uma toxina associada ao aumento do risco de câncer.

“O óleo de soja, apesar de ser rico em ácidos graxos essenciais, deve ser usado com cautela, principalmente em frituras. A substância acroleína, formada quando o óleo é aquecido, pode ser prejudicial à saúde”, alerta Jéssica.

Por conta dessa instabilidade quando aquecido, o óleo de soja não é recomendado para frituras de alta temperatura. Para outras preparações, como saladas e refogados em temperaturas mais amenas, ele pode ser uma alternativa mais saudável.

A nutricionista explica que o ideal é fazer um rodízio entre diferentes tipos de gorduras, incluindo óleos vegetais, banha e outras fontes de gorduras boas, para garantir uma dieta variada e rica em nutrientes.

“Para quem tem problemas cardíacos, o uso de óleos vegetais é mais recomendado, mas para o restante da população, a moderação e o rodízio são fundamentais. Não existe um único tipo de gordura que seja completamente ‘bom’ ou ‘ruim’; é preciso consumir com consciência”, conclui Jéssica.

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