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Quinta, 21 de novembro de 2024

Alphabet e Meta têm lucro no 1ª trimestre do ano

Donas do Google e Facebook conseguem melhorar os resultados, mas sofrem pressão

27 de abr 2023 - 15h:58 Créditos: SBT Jornalismo
Crédito: Josh Edelson/AFP e Justin Sullivan/Getty Images/AFP

As gigantes da tecnologia Alphabet, empresa-mãe do Google e a Meta, empresa-mãe do Facebook, WhatsApp e Instagram anunciaram seus balanços para o primeiro trimestre do ano. Os dois conglomerados conseguiram resultados positivos apesar dos desafios que enfrentam.

Ambas as empresas conseguiram lucrar. Mas, devido ao cenário da economia global, ao grande investimento e aposta na pandemia, que não obteve o retorno esperado e algumas dificuldades apareceram

As estratégias tiveram que ser modificadas para garantir resultados positivos aos investidores que pressionaram as gigantes de tecnologia para fazer ajustes e até mudarem o foco nos investimentos.

Demissões em massa foram realizadas pelas empresas, juntas fizeram mais de 30 mil cortes de vagas para tentar melhorar o desempenho financeiro, além de enxugar os custos das empresas, gerando assim um posterior bom humor na bolsa, com leve recuperação das empresas no mercado.

Além disso, a ascendência do ChatGPT ajudou numa corrida desenfreada no desenvolvimento da tecnologia de inteligência artificial que provocou preocupações nas duas das maiores empresas de tecnologias do mundo. Confira abaixo o desempenho financeiro da Alphabet e Meta no primeiro trimestre do ano.

Alphabet teve lucro de US$ 15 bilhões

Alphabet, dona do Google, lucra pressionada diante de desafios | Justin Sullivan/Getty Images/AFP

Na 3ª feira (25.abr) a Alphabet, controladora do Google, divulgou que no primeiro trimestre do ano conseguiu US$ 68 bilhões de receita e US$ 15 bilhões de lucro líquido.

A receita cresceu 3% em relação ao mesmo período do ano passado, que foi de US$ 68 bilhões. Porém, o lucro líquido caiu 8%, passando de US$ 16,4 bilhões para US$ 15 bilhões no mesmo período comparado.

O carro-chefe dos negócios da companhia ainda segue no setor de publicidade, que gera muita receita ao conglomerado. Porém, com o temor de recessão nas economias pelo mundo, desde 2022, muitas empresas apertaram os freios nos investimentos com anúncios.

A Google ainda enfrenta a fatia do bolo publicitário global com a Meta, do Facebook e Instagram, e com a chinesa TikTok, da ByteDance. E isso se refletiu na receita de anúncios do YouTube, com o valor de US$ 6,7 bilhões -- 2,6% a menos se comparar com o ano anterior. Além disso, de toda a receita registrada de US$ 69,8 bilhões, US$ 54,5 bilhões vieram deste mercado.

As demissões de 12 mil funcionários também impactaram no lucro da empresa, que gastou US$ 2,6 bilhões em encargos trabalhistas. Mas, foi considerado um movimento importante para garantir a saúde financeira da empresa.

Outra surpresa para a Alphabet foi a divisão de computação em nuvem, a Google Cloud, registrou lucro pela primeira vez, garantindo US$ 191 milhões no primeiro trimestre de 2023, contra o prejuízo de US$ 706 milhões.

Já um dos grandes desafios para a Google, o ChatGPT fez com que a empresa se preocupasse com seu futuro e acelerasse seus investimentos em inteligência artificial.


Após série negativa, receitas da Meta sobem 3%

Dona do Facebook consegui registrar US$ 5,7 bilhões de lucro | Josh Edelson/AFP

No caso da Meta, há também o que comemorar. A empresa fundada por Mark Zuckerberg conseguiu apresentar um balanço financeiro positivo, após meses com três resultados frustrantes, conseguiu registrar alta de 3% nas receitas se comparado com o mesmo período do ano passado.

No entanto, o lucro diminuiu diante do aumento de custos. As receitas da dona do Facebook foram de US$ 28,645 bilhões de janeiro a março de 2023, contra US$ 27,9 bilhões no mesmo período do ano passado. Resultado superou previsão de analistas que esperavam receitas de US$ 27,650 bilhões.

Já o lucro caiu em relação ao mesmo período de 2022, com 24% a menos, era US$ 7,4 bilhões em 2022 e no primeiro trimestre deste ano caiu para US$ 5,7 bilhões

As despesas da Meta cresceram 10%, alcançando US$ 21,4 bilhões. Em 2022, os gastos no mesmo período acumulavam US$ 19,3 bilhões. 

Isso aconteceu devido ao aumento de custos com as demissões em massa, que demandaram US$ 1,1 bilhão com a reestruturação, com gastos que podem chegar até US$ 5 bilhões ainda neste ano. 

A Meta diz que tem no momento 77.114 funcionários, lembrando que o dado se resume apenas as demissões de novembro de 2022 e ainda não foi calculado as duas rodadas de cortes deste ano e ainda tem mais uma prevista para acontecer em maio.

Além disso, os números de usuários foram positivos. Todos os aplicativos do conglomerado Meta -- Facebook, WhatsApp, Instagram e Messenger -- obtiveram um crescimento de 5% em relação ao ano anterior, tanto nos dados de usuários ativos diariamente quanto mensais.

No metaverso, a empresa segue dando prejuízo. A divisão responsável Reality Labs, que desenvolve tecnologias de realidade virtual e realidade aumentada para o metaverso, registrou prejuízo de US$ 3,9 bilhões, com perspectivas de mais perdas neste ano, devido aos investimentos nesta tecnologia.

A grande aposta de Zuckerberg mereceu por parte dos acionistas um alerta, para a empresa investir mais em inteligência artificial, devido ao sucesso do ChatGPT, da OpenAI, onde a Microsoft está mergulhando de braçada na tecnologia.
Ainda assim, com a promoção das demissões em massa, a empresa recuperou seu valor na bolsa de valores, com alta de 74% neste ano. Após divulgação dos resultados, Zuckerberg avalia os resultados como uma fase de ajustes na companhia. 

"O ambiente de trabalho ficará mais estável para os funcionários", diz Zuckerberg após a série de cortes que a Meta fez. Ele explica que a série será nas empresas ligadas a Meta.

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