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Terça, 22 de julho de 2025

Brasileiro ganha na loteria duas vezes e é alvo de investigação na Itália

O homem ganhou na raspadinha com diferença de 20 dias

27 de mai 2021 - 09h:37 Créditos: Roberta Ferreira
Crédito: Divulgação

Um homem identificado apenas como André, de 40 anos, vive na Itália há três anos, o mesmo ganhava a vida trabalhando como pedreiro em uma construção civil.

Porém em fevereiro deste ano ele se tornou o mais novo milionário ao ganhar na loteria, mas o fato aconteceu duas vezes.  

O primeiro prêmio aconteceu no dia 4 de fevereiro ao raspar um bilhete popular. Ele levou 1 milhão de euros, o equivalente a R$ 6,5 milhões de reais.  

E depois de 20 dias o homem comprou outro bilhete da raspadinha e ganhou mais 2 euros, ou seja, R$ 13 milhões de reais.  

Os agentes da Procuradoria de Verona, no norte do país decidiram investigá-lo.  

Pois para as autoridades a suspeita é de que se trata de uma fraude, conforme o registro do jornal "Corriere della Sera", quando André foi ao banco tratar das burocracias para receber o valor do segundo prêmio. Lá, teria supostamente avisado que em breve precisaria voltar para tratar sobre um terceiro prêmio, este de 5 milhões de euros (R$ 32,4 milhões).

Os responsáveis receberam um alerta da Guarda de Finanças, instituição que investiga crimes financeiros na Itália, que André havia solicitado ao banco italiano uma transferência de 800 mil euros (R$ 5,2 milhões; o valor integral do primeiro prêmio, descontado os impostos) para uma conta do Brasil.  

Ele fez ainda uma transferência de 80 mil euros (R$ 518 mil) a um conhecido na Itália por "ato de doação".

A conta do brasileiro foi bloqueada pela suspeita de lavagem de dinheiro.  

Segundo o Ministério Público, o dinheiro seria proveniente "do crime de acesso abusivo ao sistema de informática da loteria e a consequente divulgação de sigilo".  

Na decisão que sequestrou a conta bancária do brasileiro, a juíza Giuliana Franciosi destacou a improbabilidade de vencer dois prêmios "próximos", numa diferença de vinte dias.

André era suspeito de fazer parte de um grupo que está sob investigação.

O "Corriere della Sera", diário de Milão que noticiou o caso, disse que a suspeita é que André, na verdade, "sabia onde eram vendidos os bilhetes premiados".

Após quase dois meses, a Procuradoria de Verona finalmente chegou à conclusão de que não houve fraude: André era mesmo um homem de muita sorte.

A transferência para a conta no Brasil era destinada aos seus familiares. Os 80 mil euros eram para uma pessoa muito estimada por ele.  

Já o terceiro prêmio de 5 milhões de euros, que o brasileiro avisou no banco que logo ganharia, era só "brincadeira".

A explicação para a compra dos bilhetes em diferentes cidades vem da atividade profissional de André, segundo Chincarini: como ele se desloca frequentemente a trabalho, comprou os bilhetes premiados por onde passou.

"Como já havia essa investigação aberta, acharam que ele era ligado ao grupo, mas todas as suspeitas já foram desfeitas", afirmou o advogado, que espera agora pelo arquivamento do caso.

André não quer aparecer e nem quis dar entrevista. Ele ainda espera a liberação do prêmio. Do total de 3 milhões de euros vencidos nas duas raspadinhas, ele receberá cerca de 2,5 milhões de euros (R$ 16,2 milhões).


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