Crédito: Ilustrativa Motorista de aplicativo de 47 anos, que pediu para não ter o nome divulgado, reclama de abordagem da GCM (Guarda Civil Metropolitana), na noite de ontem (26), por volta das 23h, no Parque dos Poderes, em Campo Grande. Ele afirma que nunca havia passado por situação tão constrangedora. “Me chamaram de viado, de drogado de traficante”, lamentou o trabalhador.
Segundo o motorista, havia acabado de deixar uma passageira no Jardim Noroeste e, aguardava a próxima corrida na região do Parque dos Poderes, quando foi parado por cerca de oito guardas. “Eles colocaram a lanterna no meu rosto, apontaram a arma na minha direção e mandaram descer com as mãos na cabeça, de costas para o meu carro”, disse.
Segundo ele, seguiu as orientação, mas durante a abordagem os servidores passaram a lhe ofender dizendo que naquele local só ficava “quem era viado, quem usava droga ou quem era traficante”. “Falei para eles que estava ali porque era motorista de aplicativo. Eles viram que o aplicativo estava ligado no meu carro, mesmo assim as ofensas continuaram. Não tenho problema nenhum com abordagem, mas me constrangeram. Me trataram como se eu fosse um bandido. Não consegui mais trabalhar no restante da noite”, reclamou.
O motorista de aplicativo foi liberado após os servidores vasculharem o veículo dele e não encontrarem nada de errado. Nesta manhã (27), o profissional procurou a ouvidoria da Guarda Civil Metropolitana para registrar o fato envolvendo os servidores. “Falaram que vão me responder daqui 30 dias. Quero que esses guardas sejam identificados e respondam pelo o que fizeram”, destacou. A reportagem entrou em contato com Anderson Gonzaga, comandante da GCM, e aguarda retorno.
No último domingo, reportagem divulgou vídeo que mostra servidor da guarda agredindo um motociclista durante abordagem no Bairro Aero Rancho. O fato aconteceu na noite do último sábado (21). No vídeo, é possível ver o guarda se aproximando para realizar abordagem. Em seguida, é flagrado dando empurrões e chutes no rapaz.
