
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que a bandeira tarifária para o mês de outubro será vermelha patamar 1. Isso significa que os consumidores vão pagar um adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh (quilowatts-hora) consumidos.
O patamar representa uma redução em relação aos meses anteriores, quando estava em vigor a bandeira vermelha 2, a mais cara do sistema.
Cenário hídrico desfavorável
Segundo a Aneel, a decisão é consequência do volume de chuvas abaixo da média e da queda no nível dos reservatórios, que reduzem a capacidade de geração das usinas hidrelétricas. Para garantir o abastecimento, o sistema precisa acionar usinas termelétricas, que têm custo mais elevado e justificam a cobrança adicional.
A agência destacou ainda que a geração solar não é suficiente para atender à demanda durante todo o dia, o que reforça a necessidade de utilizar termelétricas, especialmente nos horários de pico de consumo.
Como funcionam as bandeiras tarifárias
O sistema de bandeiras tarifárias foi criado em 2015 para indicar, em tempo real, o custo da geração de energia no país. Antes, esses valores eram repassados apenas nos reajustes anuais, sem dar ao consumidor a chance de adaptar seu consumo.
- Bandeira verde: condições favoráveis, sem cobrança extra.
- Bandeira amarela: R$ 1,88 a cada 100 kWh consumidos.
- Bandeira vermelha patamar 1: R$ 4,46 a cada 100 kWh.
- Bandeira vermelha patamar 2: R$ 7,87 a cada 100 kWh.
Reajuste das tarifas
Além do acionamento da bandeira vermelha 1, a Aneel projeta um reajuste médio de 6,3% na conta de luz em 2025, percentual acima da inflação esperada pelo mercado (5,05%). O aumento será influenciado pelo orçamento da Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), fixado em R$ 49,2 bilhões para o próximo ano — R$ 8,6 bilhões acima da previsão anterior.
A Aneel reforça a importância do uso consciente da energia elétrica, lembrando que a economia ajuda a reduzir os custos do sistema e contribui para a preservação dos recursos naturais.