Crédito: Arquivo/Midiamax O Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) aponta que a família Razuk modernizou o jogo do bicho em Mato Grosso do Sul ao criar uma plataforma digital para ampliar o alcance e os lucros da atividade ilegal. A investigação indica que o esquema teria migrado para o ambiente virtual, incluindo o uso de sites de apostas para explorar jogos de azar proibidos no país.
De acordo com as apurações, Jorge Razuk Neto — filho de Roberto Razuk, o patriarca da família — seria um dos principais articuladores do núcleo familiar. Ele teria desempenhado o papel de gerente e responsável pela expansão tecnológica da jogatina em MS.
O relatório do Gaeco afirma que Jorge dedicou-se a “idealizar e executar uma plataforma on-line” voltada à exploração do jogo do bicho e de outras modalidades ilegais, com o objetivo de alcançar um público maior e aumentar o faturamento. A investigação aponta ainda que os envolvidos desenvolveram e colocaram em funcionamento um site próprio para apostas, aprovado e utilizado pelo grupo.
A digitalização do esquema ocorre em um momento em que o mercado de apostas on-line cresce rapidamente no Brasil. Um levantamento citado pelo The New York Times, com dados do Instituto Jogos Legais, estima que o universo das bets movimente cerca de 23 bilhões de dólares ao ano — valor dez vezes superior ao montante movimentado pelo jogo do bicho no país.
O caso segue sob investigação do Gaeco.



