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Quarta, 03 de dezembro de 2025

Vereador de Dourados pede fim de contrato de estacionamento rotativo e aponta falhas no acordo

Inspetor Cabral denuncia desequilíbrio financeiro e sugere licitação para garantir mais recursos para a cidade.

27 de nov 2025 - 14h:21 Créditos: Redação
Crédito: Reprodução/Assessoria Douranews

Na 42ª Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Dourados, realizada nesta segunda-feira (24), o vereador Inspetor Cabral (PSD) apresentou uma indicação ao Executivo Municipal sugerindo a não renovação do Contrato de Concessão do serviço de estacionamento rotativo, conhecido como parquímetro. A recomendação foi direcionada ao prefeito, ao secretário de Governo e à diretora-presidente da Agetran (Agência Municipal de Trânsito), com base em um estudo jurídico que aponta um grave desequilíbrio econômico-financeiro que favorece excessivamente a concessionária responsável pelo serviço, atualmente em vigor até fevereiro de 2026.

O vereador destacou quatro pontos principais que fundamentam a solicitação de revisão do contrato e a substituição do modelo atual por um novo processo licitatório, mais alinhado às necessidades da cidade.

O primeiro fator citado é o baixo repasse financeiro, que atualmente é de 15,11% da receita bruta gerada pelo serviço, um valor considerado muito abaixo da média nacional, que varia entre 30% e 40%. Cabral afirma que essa diferença resulta em perda de recursos importantes para a mobilidade urbana de Dourados.

Outro ponto levantado é o prazo excessivo do contrato, que inicialmente é de 10 anos, podendo ser prorrogado por mais 10 anos, totalizando 20 anos. Para o parlamentar, essa extensão compromete a capacidade da cidade de adotar tecnologias mais modernas e soluções mais vantajosas a longo prazo.

O vereador também criticou a garantia contratual de apenas R$ 30 mil, que representa apenas 0,5% do valor estimado da concessão, considerando-a insuficiente para proteger o município contra eventuais falhas ou descumprimento de obrigações pela empresa concessionária.

Por fim, Cabral apontou que a soma desses fatores pode configurar dano ao patrimônio público e até enriquecimento ilícito da concessionária, uma vez que os termos do contrato favorecem de maneira desproporcional a empresa, em detrimento dos interesses da cidade e de sua população.

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