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Segunda, 29 de dezembro de 2025

Advogado é detido por desacato ao defender suspeito de estupro infantil

Caso ocorreu em delegacia de Campo Grande na véspera de Natal.

27 de dez 2025 - 13h:02 Créditos: Redação, com informações do Midiamax
Crédito: Ilustrativa/Freepik

Um advogado foi preso em flagrante na quarta-feira (24), véspera de Natal, após se exaltar e gritar com um delegado dentro de uma unidade policial em Campo Grande. Ele acompanhava um cliente — um guarda civil metropolitano — preso por suspeita de estupro de uma criança de 4 anos.

De acordo com a Associação dos Delegados de Polícia de Mato Grosso do Sul (Adepol-MS), o advogado passou a desrespeitar o delegado ao discordar do entendimento jurídico adotado no caso, elevando o tom de voz e mantendo comportamento considerado ofensivo.

A entidade informou, por meio de nota, que o profissional foi advertido sobre os limites legais de sua atuação e alertado de que sua conduta poderia configurar crime de desacato. Mesmo assim, ele teria insistido no comportamento, o que motivou a prisão em flagrante e o registro de um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO).

A Adepol-MS afirmou ainda que o episódio será analisado pelo departamento jurídico da entidade, com possibilidade de ação judicial por danos morais, além do encaminhamento do caso à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-MS) para apuração disciplinar.

A associação ressaltou que não admite ataques pessoais ou institucionais contra delegados e reforçou que seguirá atuando na defesa da dignidade e das prerrogativas da categoria.

 

Caso investigado

O cliente defendido pelo advogado é um guarda civil metropolitano de 30 anos, preso sob acusação de estuprar a própria sobrinha, de 4 anos, durante uma confraternização de Natal em Campo Grande. Ele nega o crime.

Segundo relato da mãe da criança à polícia, a família estava reunida na casa da avó na tarde do dia 25 de dezembro. Em determinado momento, a menina ficou brincando com o tio. Mais tarde, ao levá-la ao banheiro, a mãe percebeu uma mancha na roupa íntima da criança, que relatou ter sido tocada pelo suspeito.

O caso segue sob investigação. 

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