O presidente Jair Bolsonaro fez um apelo por "serenidade" em meio à polêmica que se criou depois que ele compartilhou em mensagem a amigos um vídeo de estímulo a protestos contra o Congresso e o Judiciário. Ele afirmou que também erra e disse ter certeza de que os chefes de Poderes cada vez mais "vão se ajustando".
Bolsonaro criticou a imprensa e disse que o vídeo divulgado pela jornalista Vera Magalhães, de "O Estado de S. Paulo", fazia menção a protestos de 15 de março de 2015 e não aos atos marcados para o dia 15 de março deste ano. Em 2015, no entanto, Bolsonaro ainda não tinha tomado a facada, fato mencionado no vídeo.
"Eu faço um apelo a todo mundo: serenidade, patriotismo, responsabilidade, verdade. Nós podemos mudar o Brasil", disse ele em sua "live" semanal no Facebook.
"Pode ter certeza que, cada vez mais, os chefes de Poderes vão se ajustando, porque a nossa união, são quatro homens, quanto mais ajustados estivermos, nós juntos podemos fazer um Brasil melhor para 210 milhões de pessoas".
Bolsonaro, no entanto, fez diversas críticas à atuação do Congresso ao longo da transmissão ao vivo, que durou 34 minutos. Ele queixou-se, por exemplo, de que os parlamentares deixaram expirar a medida provisória que criava as normas para a pontuação e a validade da carteira de motorista, que segundo ele, está há seis meses no Congresso.
"Da minha parte, estou pronto para ceder também, porque eu também erro. Acontece. Mas nós quatro, e depois num segundo plano, integrantes dos parlamento, dos Poderes, se nós afinarmos a viola, como se dizia no passado, o Brasil decola", afirmou. "E entre nós não tem ninguém nem melhor nem pior do que o outro. Todos nós somos iguais nessa responsabilidade."