
Cientistas brasileiros podem ter encontrado uma nova resposta para o comportamento mais infeccioso da variante do novo coronavírus surgida no Amazonas, a P1.
Pesquisadores da Fiocruz Amazônia publicaram um estudo preliminar, na última quinta-feira (25), indicando que a carga viral da nova cepa em adultos é dez vezes maior do que em outras variantes do Sars-CoV-2.
A variante, que já foi identificada em diversos estados, é apontada como um possível agente causador da alta de internações em todo o país e uma ameaça de colapso do sistema de saúde.
O trabalho, publicado no repositório Reasearch Gate e ainda não revisado por outros cientistas, avaliou 250 amostras genômicas do coronavírus colhidas entre março de 2020 e janeiro deste ano, período que contempla as duas ondas da doença em Manaus.
Os pesquisadores também concluíram que a rápida disseminação da P1 ocorreu através da combinação da flexibilização do distanciamento social no estado com a dinâmica de mutação do vírus, que acabaram por "selecionar" a versão mais infecciosa e torná-la prevalente.