Baixo volume de chuva e tempo seco são características típicas da estação iniciada no dia 20 de março. Conforme prognóstico para o outono 2020 do meteorologista da Uniderp, Natalio Abrãao, o volume de chuvas será baixo para o período. “As chuvas no Mato Grosso do Sul começam a reduzir-se gradualmente com volumes cada vez menores”, afirma.
Paras as regiões sudoeste e sul, entre Ponta Porã e Mundo Novo há estimativa de baixo volume de chuva, predominando a estiagem. “Deve chover mesmo que ocorra em pouco volume com alta frequência de nevoas, fumaças e nevoeiros”. Para a Capital, o prognóstico indica que as chuvas podem diminuir a cada mês, podendo ter períodos de estiagens com mais de 25 dias.
Na região norte a baixa probabilidade de chuva é ainda maior, e consequentemente os períodos de estiagem serão mais consistentes favorecendo as queimadas na região norte e oeste do estado.
O meteorologista explica a condição climatológica esperada para os próximos meses é de neutralidade. “Daqui para frente, as probabilidades de neutro são maiores que as de El Niño ou La Niña para todas as estações até a temporada final de outubro a dezembro”, pontua.
Para o mês de abril as condições esperadas são de que todas as regiões ficarão dentro das médias históricas de chuva no estado. Na região central, há grande chance de estiagem pois o volume de chuvas deve ficar abaixo do esperado.
O mês de maio será de estiagem generalizada, e há possibilidade de aumentar o número de queimadas em todo Estado. A distribuição da chuva segue de maneira irregular, e haverá municípios com pouquíssima chuva no centro-sul do estado, e ausência dela no nordeste e oeste. Para a região norte as chuvas ocorrem dentro da média.
O mês de junho, último mês da estação, será o mais crítico devido a uma forte anomalia de chuva, ocasionando falta total de chuva em Mato Grosso do Sul. Conforme prognóstico, a estiagem segue com umidade em declínio e valores de alerta para queimadas. Nos municípios das regiões norte, central, e sudoeste pode ocorrer valores abaixo de 5 milímetros de chuvas irregulares, associadas a baixas temperaturas, com névoa seca e fumaça frequente. Para as regiões leste e oeste, não há possibilidade de chuvas.
Sobre os períodos de estiagem, o meteorologista ressalta. “Pode ocorrer com média duração de 25-30 dias com pequena chance de se intensificar acima de 35 dias. Mas, já está confirmada a primeira massa de ar mais fria a partir de meados de abril intercalados com chuvas isoladas e rápidas”.
Tempo seco
Para todas as regiões deve persistir a umidade relativa média de 80% pela manhã. Os valores caem bastante durante a tarde podendo atingir níveis de atenção, alerta e emergência entre 30% e 12%.
A umidade baixa aumenta a névoa-seca, a poeira, e a possibilidade de queimada se torna mais frequente. Portanto, o período exige atenção redobrada. Entre as principais recomendações da Defesa Civil estão: ingerir bastante líquido, manter a pele hidratada, evitar exposição ao sol em horários mais quentes do dia, e não atear fogo em lixos.