
A ofensiva da Rússia até agora custou à Ucrânia US$ 564,9 bilhões em termos de danos à infraestrutura, perda de crescimento econômico e outros fatores, disse a ministra da Economia, Yulia Svyrydenko, nesta segunda-feira (28).
Em uma publicação online, ela relatou que os combates danificaram ou destruíram oito mil quilômetros de estradas e 10 milhões de metros quadrados de moradias. O cálculo considera perdas diretas e indiretas como queda do PIB, saída de mão de obra, defesa adicional, investimentos suspensos, custos de apoio social, além dos prejuízos de infraestrutura.
Segundo a ONU, o número de vítimas civis no país já passa de 1100, desde o início da ofensiva russa, em fevereiro.
Por outro lado, a Rússia também acumula perdas financeiras desde que começou a ofensiva. As sanções aplicadas por países aliados à Otan tem “ferido a máquina de guerra” do país, segundo o secretário-geral da aliança, Jens Stoltenberg.
O porta-voz do governo russo, Dmitri Peskov, afirmou que as sanções colocaram a economia do país em situação turbulenta: “estamos sofrendo um impacto de choque agora e há consequências negativas, de uma guerra econômica nunca vista antes, mas elas serão minimizadas”, disse.
O ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, afirmou que a crise é a oportunidade do país rever suas parcerias econômicas: “o que os americanos querem é um mundo unipolar que não seja como uma aldeia global, mas como uma aldeia americana — ou talvez como um saloon, onde você sabe que o mais forte dá as ordens”, declarou.
Enquanto Lavrov fala em “olhar para o Leste”, o Ocidente pressiona a China por uma posição mais crítica à invasão russa. O gigante asiático tem adotado uma postura neutra, posicionando-se pela “soberania e a integridade territorial de todos os países”, ao mesmo tempo que se recusa a condenar a ofensiva, embora reconheça a gravidade da situação humanitária na Ucrânia.
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, aumentou a pressão econômica e anunciou junto à presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, uma força tarefa para reduzir a dependência de petróleo e gás russos: “esta iniciativa se concentra em duas questões centrais: uma ajudando a Europa a reduzir sua dependência do gás russo o mais rápido possível, e a segunda reduzindo a demanda de gás do continente em geral”, detalhou.