Uma mulher, de 20 anos, fez um aborto, em Campo Grande (MS), após cerca de sete meses de gestação. A chefe dela, de 47 anos, relatou o caso à Polícia e informou que a jovem disse ter sido obrigada pela mãe a realizar o procedimento. A reportagem é do Campo Grande News.
Ao Campo Grande News, a proprietária de uma loja, que preferiu não se identificar, confirma a história e diz que a progenitora era contrária ao relacionamento da filha. Além disso, ressalta que a funcionária roubava da própria empresa, também por incentivo da mãe, e que usaria este dinheiro para comprar uma casa.
"[Ela] fez a filha fazer o aborto, para ela poder comprar uma casa com o dinheiro que ela estava roubando da empresa", diz a chefe.
Conforme áudios encaminhados à reportagem, a mãe suspeitava que o companheiro da filha estava com ela, por interesses financeiros, também dos valores subtraídos do local de trabalho. "É um vagabundo encostado e a família dele não vale nada. Quer engravidar [...] para ter direito a essa casa que estou lutando para botar meu filho para morar", disse a mãe.
Em outros registros, ela chegou a ameaçar o genro e a filha, e dizer para que realizasse o aborto, ao dizer "tira essa p.... daí".
De acordo com boletim de ocorrência, registrado na Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário (Depac) Centro, a funcionária revelou à chefe que a mãe não aceitava a gravidez e que diversas vezes foi dito que teria de abortar o feto.
Também segundo o documento policial, há cinco dias, ela foi internada no Hospital Universitário, com dores e sangramento.
A chefe foi até a unidade hospitalar, quando soube do aborto, feito após cerca de 28 semanas, o equivalente a sete meses. Conforme o boletim, foi relatado a ela, no hospital, que a mulher passou por três cirurgias e segue internada.