A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) solicitou na terça-feira (27) informações ao Instituto Butantan para avaliar se libera a realização do primeiro estudo clínico em humanos com a Butanvac. Até o momento, a vacina foi testada apenas em animais.
O pedido de autorização do Butantan foi feito em 26 de março e o protocolo de estudo clínico, em 23 de abril.
De acordo com a agência, tanto o pedido quanto o protocolo do estudo clínico estavam incompletos e por isso, não atendiam aos requisitos técnicos para a liberação de testes da vacina em seres humanos.
O Instituto Butantan tem o prazo de até 120 dias para apresentar as informações solicitadas. Até o Butantan responder, a análise pela Anvisa fica interrompida.
O pedido de autorização se refere às fases 1 e 2 de testes da vacina, nas quais serão avaliadas segurança e capacidade de promover resposta imune com 1.800 voluntários.
Na fase 3, até 9 mil pessoas irão participar e a etapa vai estipular a eficácia. O objetivo é encerrar os testes e ter 40 milhões de doses da vacina prontas antes do final de 2021.
Em nota, o Instuto Butantan afirmou que "manterá contato com o órgão regulador para viabilizar os esclarecimentos necessários ao seguimento do processo de autorização dos estudos clínicos de fases 1 e 2 da Butanvac".
Caso seja aprovado e depois seja provado que funciona, a Butanvac será a primeira vacina contra a covid-19 produzida no país sem que seja necessária a importação de matéria-prima (IFA).
Segundo o instituto, a Butanvac faz parte de uma segunda geração de vacinas contra o coronavírus e leva em conta as variantes, como da P1, que é brasileira. A tecnologia usada é a mesma da vacina contra a gripe.