
Quase um ano após os sistemas da Universidade Federal da Grande Dourados serem alvo de hacker e invadidos, a Polícia Federal deflagrou - na manhã de hoje (28) - a operação Área Restrita. Conforme a PF, a finalidade da ação é apurar não somente o ataque à UFGD, como também os que aconteceram em várias Universidades Federais do país durante o mesmo período de maio de 2021.
Segundo a Polícia Federal, o ataque cibernético de invasão dos sistemas de informática das universidades provocou o chamado "defacement", que consiste em modificar o conteúdo mostrado no site, ou pichação e, além da UFGD, pelo menos outras cinco universidades federais foram atacadas.
Estão entre os alvos as universidades federais do Rio de Janeiro; Minas Gerais; Tocantins; Alagoas e Bahia.
Na época, a UFGD chegou a tirar o site do ar para verificação da segurança, mantendo apenas alguns serviços, como o de e-mail, login para os cursos EaD, que funcionaram com instabilidade.
Com isso, não só os alunos foram prejudicados como também ações de leilão de soja e milho tiveram que ser suspensas.
O ataque investigado conseguiu acesso de usuário com nível privilegiado nos sistemas, ao explorar a vulnerabilidade de um ‘software’ ligado a componentes obsoletos e sem atualização, aponta a PF.
Com isso foi possível implantar ferramentas para a captura de senhas de usuários administradores.
Após o episódio a Justiça Federal de Dourados expediu u mandado de busca e apreensão, cumprido na cidade de Guarulhos/SP.
Ainda em 2021, outro suposto ataque hacker, no último mês do ano, impediu o acesso à (artigos), trabalhos acadêmicos, pesquisas e qualquer outra produção científica que fosse dos cursos da universidade.
Professores cobraram posição da direção da UFGD, que não apresentava sequer previsão de retorno, apontando ainda, conforme apuração da mídia local, que por pelo menos três vezes os sistemas ficaram fora do ar em 2021.
Entre as cobranças dos próprios professores estão: o pedido de atualização do sistema em que o portal está hospedado, e até solicitação de compra de ‘software’ para verificação de plágios.