Sarah Vitória Domingues, de cinco meses, que estava desde o dia 10 deste mês em um hospital particular e no dia 15 precisou ir para uma unidade de terapia intensiva, morreu ontem (27), após sofrer uma parada cardíaca, em Santos, São Paulo.
A criança precisou ser intubada, pois a mesma foi diagnosticada com o coronavírus e ficou com 80% dos seus pulmões comprometidos.
A mãe do bebê, Samaque Vitória Gois, de 22 anos, também foi diagnostica com a covid-19.
Desde quando precisou ser hospitalizada, a menina passou a depender de doações de sangue para tratar uma anemia profunda.
A família se uniu para pedir contribuições nas redes sociais. Segundo a mãe, na última semana, o estado de saúde da filha parecia ter melhorado, mas houve uma piora que a fez sofrer muito.
“A Sarinha foi bem guerreira. O ar estava começando a sair do pulmão, já tinha saído 90%, os drenos estavam fazendo efeito, mas, de repente, eles pararam, e foi necessário fazer uma traqueostomia, pois o ar estava comprimindo o coração dela. Mesmo depois da cirurgia, a saturação continuou caindo, e os batimentos também, mas ela foi guerreando a noite toda. Às 4h30, ela sofreu uma parada cardíaca e tentaram reanimar, mas ela acabou falecendo”, explica Sameque.
Durante a internação, Sarah precisou passar por um procedimento cirúrgico de emergência para drenar o ar que vazou dos pulmões para dentro do tórax.
Os drenos tinham como objetivo tratar uma pneumotórax, que contrai o pulmão, fazendo com que ele deixe de funcionar.
Sameque ressalta que as pessoas precisam saber a importância de se cuidar, para não contrair a covid-19.
Após o falecimento da filha, ela pede que mães e pais fiquem em casa com seus bebês, pois eles não estão imunes de serem infectados pelo vírus.
“Eu acho muito importante as pessoas saberem, porque eu mesma não acreditava que [a Covid-19] poderia acometer as crianças, como acometeu a minha filha. Então, se vocês têm condições de ficar em casa, fiquem, porque nada se compara à dor de perder um filho para essa doença”, ressalta.
De acordo com a mãe, além de se preocupar com o quadro de saúde da filha, as saídas do hospital faziam ela se sentir muito triste.
“Foi muito sofrido. A gente descia para comer alguma coisa e via praias lotadas, bares, mães andando com bebês da idade da Sarinha no carrinho. Então, eu peço que essas pessoas fiquem em casa, porque elas não sabem o risco que os filhos estão correndo”, finaliza.