A doença de Haff, conhecida popularmente como a “doença da urina preta”, foi confirmada na cidade de Óbidos, no Pará, pela Secretaria Municipal da Saúde. Um paciente foi acometido pela doença e morreu. Até a publicação desta reportagem somente um óbito havia sido confirmado.
A vítima é um homem, morador de Óbidos e que tinha comorbidades. O caso foi detectado em um hospital particular na cidade de Santarém, localizada a quase 1.400 km da capital, Belém.
Além disso, a secretaria também confirmou que outras duas pessoas, da mesma família que a vítima, apresentaram os sintomas da doença. Elas estão em monitoramento e foram notificadas como casos suspeitos da doença de Haff.
Apesar da gravidade, possivelmente ocasionada após o consumo de algumas espécies de peixe, como tambaqui, pacu e pirapitinga, as pessoas que apresentaram sintomas não correm risco de morte, estão estáveis e em casa.
O Departamento de Vigilância em Saúde está realizando o relatório do caso com detalhes do processo de investigação epidemiológica e a coleta dos materiais (sangue e urina dos notificados vivos) que seguiram na segunda-feira (27) para análise do Lacen (Laboratório Central), em Belém (PA).
A secretaria esclareceu ainda que não há nenhuma determinação proibindo o consumo das espécies de peixe. O que há, no momento, é um alerta epidemiológico que recomenda a não ingestão das espécies que são mais propensas à doença de Haff e a orientação para as medidas a serem adotadas em caso de manifestação dos sintomas.
A Prefeitura de Óbidos informa que as medidas previstas no protocolo para esses casos estão sendo adotadas. Segundo a administração municipal, quando forem confirmadas oficialmente novas informações acerca dos casos suspeitos, a população será informada.