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Terça, 22 de julho de 2025

28 de junho: Conheça a origem do Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+

O que começou como uma semana de confrontos entre manifestantes e policiais se tornou um dia de resistência e memória para a comunidade

28 de jun 2023 - 13h:32 Créditos: CNN
Crédito: Bandeira LGBTQIA+ na praia de Ipanema, no Rio de Janeiro (Divulgação/Riotur)

De um confronto entre policiais e manifestantes nos Estados Unidos, em 28 de junho de 1969, surgiu a data em que se comemora o Dia Internacional do Orgulho LGBTQIA+.

O protesto acontecia em defesa do clube gay Stonewall Inn, aberto em 1967, no coração do boêmio bairro de Greenwich Village, em Nova York.

Naquela época, apesar da circulação de ideias progressistas na região, as leis contra homossexuais eram rígidas, colocando em risco aqueles que ousavam demonstrar afeto não heterossexual em público.

Para escapar da regulamentação estadual que proibia os homossexuais de consumir bebidas alcoólicas, o mafioso “Fat Tony” Lauria fundou o Stonewall Inn como um clube privado.

Embora as batidas policiais fossem relativamente comuns no estabelecimento, uma investida surpresa em 1969 tomou rumos inesperados, resultando no que ficou conhecido como “Rebelião de Stonewall” –um levante de seis dias em defesa dos direitos da população LGBTQIA+.

O significado da sigla LGBTQIA+


L = Lésbicas

São mulheres que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outras mulheres.

G = Gays

São homens que sentem atração afetiva/sexual pelo mesmo gênero, ou seja, outros homens.

B = Bissexuais 

Diz respeito aos homens e mulheres que sentem atração afetivo/sexual pelos gêneros masculino e feminino.
Ainda segundo o manifesto, a bissexualidade não tem relação direta com poligamia, promiscuidade, infidelidade ou comportamento sexual inseguro. Esses comportamentos podem ser tidos por quaisquer pessoas, de quaisquer orientações sexuais.

T = Transgênero

Diferentemente das letras anteriores, o T não se refere a uma orientação sexual, mas a identidades de gênero. Também chamadas de “pessoas trans”, elas podem ser transgênero (homem ou mulher), travesti (identidade feminina) ou pessoa não-binária, que se compreende além da divisão “homem e mulher”.

Q = Queer

Pessoas com o gênero ‘Queer’ são aquelas que transitam entre as noções de gênero, como é o caso das drag queens. A teoria queer defende que a orientação sexual e identidade de gênero não são resultado da funcionalidade biológica, mas de uma construção social.

I = Intersexo 

A pessoa intersexo está entre o feminino e o masculino. As suas combinações biológicas e desenvolvimento corporal – cromossomos, genitais, hormônios, etc – não se enquadram na norma binária (masculino ou feminino).

A = Assexual 

Assexuais não sentem atração sexual por outras pessoas, independente do gênero. Existem diferentes níveis de assexualidade e é comum essas pessoas não verem as relações sexuais humanas como prioridade.

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O símbolo de “ mais ” no final da sigla aparece para incluir outras identidades de gênero e orientações sexuais que não se encaixam no padrão cis-heteronormativo, mas que não aparecem em destaque antes do símbolo.

Além dessas letras, que são as mais comuns, atualmente, há algumas correntes que indicam para uma sigla completa. É composta por: LGBTQQICAAPF2K+ (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Transgêneros, Queer, Questionando, Intersexuais, Curioso, Assexuais, Aliados, Pansexuais, Polissexuais, Familiares, 2-espíritos e Kink).

A primeira invasão aconteceu na terça-feira, 24 de junho. Dias depois, na sexta-feira, 27, os policiais voltaram ao clube na intenção de “destruir o bar e esbofetear os proprietários com infrações suficientes para fechá-lo para sempre”, segundo narrou Emanuella Grinberg, da CNN.

Em meio à confusão, quando já passava da meia-noite –sendo, portanto, sábado, 28 de junho– os manifestantes começaram a jogar objetos contra agentes de segurança que tentavam prender uma mulher homossexual.

Na noite de sábado, cerca de 2.000 pessoas se reuniram em frente ao bar, dando as mãos e gritando frases como “poder gay”, “queremos liberdade agora” e “Christopher Street pertence às rainhas”. A Rua Christopher foi bloqueada por manifestantes.

Mais uma vez, na quarta-feira, os manifestantes se dirigiram ao local para continuar a passeata, mantendo o clima de revolta por algumas semanas.

Ao todo, 21 pessoas foram presas durante os eventos e uma morreu –um motorista de taxi que sofreu um infarto após ter seu veículo invadido.

No ano seguinte, na mesma data, milhares de pessoas voltaram à Greenwich Village para a primeira marcha do Dia da Libertação da Rua Christopher. Era o início do evento anual que evoluiu para o que conhecemos como “Parada Gay”.

Como apoiar o movimento LGBTQIA+?

Ainda que você não se identifique com alguma das siglas do movimento, há meios de apoiar a causa e ajudar pessoas a serem livres de violações de direitos, preconceito e mortes violentas. Fatores gerados única e exclusivamente pela orientação sexual e /ou a identidade de gênero. 

Se aprofundar no assunto por meio de conteúdos como esse é um ótimo começo. Conheça a causa, seus objetivos e ajude a disseminar informações honestas. 

Como forma de promover uma maior conscientização acerca da comunidade LGBTQIA+, vemos cada vez mais a indústria do entretenimento investindo em séries e filmes com tramas que focam em dar protagonismo a este grupo ainda marginalizado. 

18 obras incríveis com tramas completamente voltadas à histórias LGBTQIA+ e que valem a sua atenção. Tem comédia, drama, romance adolescente e muito mais!


“RuPaul´s Drag Race” (2009)

Séries com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ MTV

Clássico da comunidade LGBTQIA+, a produção é um reality show produzido, apresentado e protagonizado por homens cis gays e mulheres trans em uma introdução ao mundo da arte drag. Você não pode deixar de consumir a obra que é uma verdadeira riqueza cultural. O reality teve 15 temporadas até o momento e está disponível na Netflix.

“Glee” (2009)

Séries com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ FOX

Ama musicais? “Glee”, verdadeiro fênomeno mundial, pode ser uma ótima escolha! Ambientada no ensino médio, a série gira em torno de um grupo de estudantes parte do coral da escola. Entusiasmados e ambiciosos na sua luta para viver seu cotidiano nos cruéis corredores do colégio, enfrentam dilemas quanto à sexualidade e suas visões de futuro. Você pode conferir as seis temporadas de “Glee” no Disney+.

“Modern Family” (2009)

Séries com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ ABC

Se você quer algo voltado para comédia, “Modern Family” é a opção perfeita! Focada no humor familiar, a obra acompanha três famílias, sendo uma delas formada pelo casal homoafetivo Mitchell e Cameron, que adotam uma criança vietnamita chamada Lily.

Vale ressaltar que a produção é premiada! “Modern Family” levou a melhor no Emmy em 2010, 2011, 2012, 2013 e 2014, na categoria Melhor Série de Comédia.

Você pode conferir as 11 temporadas série no Star+.

“Orange Is the New Black” (2013)

Séries com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ Netflix

Composta por mulheres presidiárias e seus uniformes laranja, “Orange Is the New Black” fala sobre as tensões e amizades dentre detentas e, por vezes, até um relacionamento amoroso ou sexual entre elas.

É divertida e emocionante na mesma intensidade e as cinco temporadas estão disponíveis na Netflix.

“Please Like Me” (2013)

Séries com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ ABC

Problemas reais tratados com sarcasmo? Temos! Josh acaba de terminar seu namoro com a jovem Claire e chega à conclusão de que ele é, na verdade, gay. Além de fazer de tudo para que sua família aceite sua orientação sexual, ele embarca em um novo e complicado relacionamento com Geoffrey. Perfeita para quem ama drama, romance e comédia, tudo junto e misturado!

A série conta com quatro temporadas e está disponível na Netflix.

“Sense8” (2015)

Séries com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ Netflix

Produção original Netflix, “Sense8” pode ter durado só duas temporadas, mas foi o suficiente para atingir uma legião de fãs pelo mundo. A série explora diferentes relações LGTQIA+ entre os personagens além de uma das oito protagonistas ser uma mulher trans – com todas as dores que isso carrega. E se você acha que a história só explora isso, está muito enganado.

De acordo com a sinopse oficial, a série conta a história de oito desconhecidos: Will Gorski, Riley Blue, Capheus “Van Damme” Onyongo, Sun Bak, Lito Rodriguez, Kala Dandekar, Wolfgang Bogdanow e Nomi Marks.

Cada uma dessas pessoas é de uma cultura e um país diferente. Certo dia, eles descobrem estar mentalmente e emocionalmente ligados um ao outro, sendo capazes de se comunicar e apoderar-se do conhecimento, linguagem e habilidades alheias.

“Pose” (2018)

Séries com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ FX

Com muita sensibilidade e emoção, “Pose” explora as vulnerabilidades da comunidade, principalmente sobre pessoas trans. Ambientada em 1987, acompanhamos Blanca – interpretada por MJ Rodrigues, primeira atriz trans a vencer o Globo de Ouro de melhor atriz, uma participante de bailes LGBTQIA+ que acolhe pessoas marginalizadas pela sociedade, como o talentoso dançarino sem-teto Damon e a profissional do sexo Angel.

Centrada na vida de Blanca, a história foca na cultura de bailes, a crise violenta da Aids, entre outros assuntos pertinentes para a comunidade na época!

As duas temporadas da série podem ser vistas no Star+.

“Euphoria” (2019)

Séries com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ HBO

Uma série adolescente mais pesada, profunda e sombria, “Euphoria” explora diversos tipos de relacionamento, sendo o principal deles composto por Rue (Zendaya), uma jovem preta, e Jules, uma garota trans. A série explora dramas como drogas, sexo, busca pela identidade, traumas e mais!

Você consegue assistir as duas temporadas já lançadas na HBO Max.

“Heartstopper” (2022)

Séries com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ Netflix

Essa é perfeita para quem ama romances adolescentes clichês. Com a exceção de que a fofura aqui se dá com um casal protagonista interpretado por dois homens, como a gente não está acostumado a ver por aí. A história é baseada nos quadrinhos publicados na internet e que, posteriormente, se tornaram uma série de livros de Alice Oseman.

“Heartstopper” nos apresenta Charlie, um aluno muito dedicado, mas que sofre bullying na escola desde que se assumiu gay.

Já Nick, é super popular e querido por ser um excelente jogador de rugby. Os dois acabam desenvolvendo uma amizade que se intensifica cada vez mais. A série está disponível na Netflix e a notícia boa é que a segunda temporada chega no streaming em 3 de agosto.

Filmes


“O Segredo de Brokeback Mountain” (2005)

Filmes com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ Focus Features

Dois jovens se conhecem no verão de 1963 após serem contratados para o mesmo trabalho em Brokeback Mountain. Jack deseja ser cowboy, enquanto Ennie pretende se casar com Alma em breve. Vivendo isolados por semanas, eles se tornam cada vez mais amigos e iniciam um relacionamento amoroso. A dose perfeita de romance e drama!

Você confere “O Segredo de Brokeback Mountain” no Star+.

“Azul é a Cor Mais Quente” (2013)

Filmes com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ Vértigo Films

Uma produção profunda e dramática sobre a descoberta da juventude e, sobretudo, da sexualidade. Conta a história de uma garota de 15 anos que descobre a paixão através de outra garota. Ela se entrega ao amor, enquanto trava uma verdadeira guerra contra os preceitos morais vigentes na sociedade – e em sua família.

O filme está disponível na Apple TV.

“Hoje Eu Quero Voltar Sozinho” (2014)

Filmes com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ Lacuna Filmes

Leonardo, um adolescente cego, tenta lidar com a mãe superprotetora ao mesmo tempo em que busca sua independência. Quando Gabriel chega na cidade, novos sentimentos começam a surgir em Leonardo, fazendo com que ele descubra mais sobre si mesmo e sua sexualidade.

O filme, que é brasileiro, está disponível na Netflix.

“A Garota Dinamarquesa” (2015)

Filmes com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ Universal Pictures

Esta é uma cinebiografia de Lili Elbe, nascida Einar Mogens Wegener. Ela foi a primeira pessoa a se submeter a uma cirurgia de mudança de gênero. O filme é emocionante e mostra mais de sua descoberta como mulher. Você confere a obra no serviço de streaming Lionsgate+.

“Moonlight” (2016)

Filmes com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ A24

Vencedor do Oscar de Melhor Filme em 2017, “Moonlight” apresenta três etapas na vida de Chiron, o personagem principal, explorando as dificuldades que ele enfrenta no processo de reconhecimento de sua própria identidade e sexualidade, e o abuso físico e emocional que recebe ao longo destas transformações.

Você pode assistir ao filme na HBO Max.

“Me Chame Pelo Seu Nome” (2017)

Filmes com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ RT Features

A produção concorreu ao Oscar de Melhor Filme em 2018 e acabou vencendo na categoria Melhor Roteiro Adaptado. Um filme sensível, artístico e polêmico entre os telespectadores, “Me Chame Pelo Seu Nome” mostra o jovem Elio enfrentando outro verão chato na casa de seus pais na Itália. Mas tudo muda quando Oliver, um acadêmico que veio ajudar a pesquisa de seu pai, chega.

O filme está disponível na Amazon Prime Video.

“Com Amor, Simon” (2017)

Filmes com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ 20th Century Studios

Primeiro filme de romance adolescente centrado totalmente em um romance gay, “Com Amor, Simon” mostra um garoto com um grande segredo: nunca revelou ser gay para sua família e amigos. E tudo fica mais complicado quando ele se apaixona por um dos colegas de escola.

Você pode assistir ao filme no Star+.

“Alice Júnior” (2020)

Filmes com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ Beija Flor Filmes

Focado no protagonismo trans, “Alice Júnior” gira em torno de uma adolescente que grava vídeos para o Youtube. Um dia, seu pai Jean é transferido pela sua empresa no Recife para Araucárias do Sul, e eles precisam se mudar. Na nova escola, Alice enfrenta preconceitos ao se deparar com uma sociedade mais retrógrada do que estava acostumada.

Você pode assistir ao filme na Netflix.

“Você Nem Imagina” (2020)

Filmes com protagonismo LGBTQIA+ / Divulgação/ Netflix

Aquele clichê não tão clichê quanto parece que com certeza vai deixar seu coração quentinho! “Você Nem Imagina” é uma produção original Netflix que mostra Ellie Chu, a típica aluna deslocada que secretamente possui uma paixão pela bela Aster Flores.

Quando Paul, um jogador de futebol, se aproxima de Ellie para pedir ajuda para escrever uma carta de amor para sua amada, ela entra em conflito sobre o que quer para seu futuro amoroso.

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