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Terça, 03 de dezembro de 2024

Crianças correm o risco de se infectar com a varíola do macaco?

Esta dúvida ainda paira no ar entre pais preocupados com a doença declarada emergência de saúde pública de interesse internacional. Pediatra explica que pessoas de qualquer faixa etária podem ser contaminadas

28 de jul 2022 - 13h:46 Créditos: Times Brasília
Crédito: Barbarah Queiroz

No último sábado (23), a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o estágio de contaminação do vírus relacionado à varíola do macaco (Monkeypox) como emergência de saúde pública de interesse internacional. No DF, já foram constatados mais de 16 casos, todos em homens adultos.

Caracterizada pela presença de lesões cutâneas, a varíola do macaco é uma doença que se manifesta com sintomas iniciais semelhantes aos da gripe. O vírus é transmitido por meio do contato com fluidos de pessoas infectadas e já acometeu mais de 800 pessoas no Brasil, segundo os relatórios do Ministério da Saúde. Roupas, objetos e superfícies infectadas também são considerados potenciais transmissoras.

Até o momento, foram relatados poucos casos de contaminação na faixa etária pediátrica. Segundo Henrique Gomes, pediatra da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal, a situação não é alarmante, como a do vírus da COVID-19, mas pode ser evitada com os devidos cuidados. “A disseminação desse vírus se dá pela proximidade, contato com gotículas e fluídos corporais. Por isso, os relatos de crianças infectadas são de famílias que tiveram a contaminação inicial nos pais e responsáveis. Uma vez acometida pelo vírus, a pessoa não tem sintomas leves e encontra dificuldade para realizar atividades comuns, como sair de casa. Portanto, a contaminação em espaços públicos não é a maior vilã nesses casos”, afirma o pediatra.

A Secretaria de Saúde do DF pretende começar a realizar os testes para diagnóstico da varíola na próxima semana. Mas, em síntese, os principais sintomas são: febre, dor nas costas, inchaço e em seguida lesões características da doença. Como precaução tanto aos adultos quanto aos pequenos, são indicados o uso de máscaras em locais públicos e a higienização das mãos com água, sabão e álcool.

Sobre o Dr. Henrique Gomes 

Médico pediatra da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal desde 2008, Henrique é pós-graduado em Lato Sensu em Doenças Funcionais e Manometria do Aparelho Digestivo no Hospital Israelita Albert Einstein. Residência médica em pediatria pelo HMIB (2006 e 2007), além de atuação na área de gastropediatria pelo HBDF (2008 e 2009), o profissional atua na área de Gastroenterologia Pediátrica, especialidade que auxilia o pediatra na assistência de crianças e adolescentes portadoras de sintomas relacionados ao aparelho digestivo, como náuseas, vômitos, diarreias, alergias aos alimentos, dores abdominais, constipação intestinal, entre outros.

Atualmente é médico pediatra da Secretaria de Estado de Saúde do Distrito Federal desde 2008; médico pediatra do Grupo Santa (Hospital Santa Lúcia Sul e Taguatinga) e médico pediatra das clínicas PedCare e Le Petit.

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