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Domingo, 27 de julho de 2025

Mulheres são ameaçadas e perseguidas após contato com vendedora pela internet.

Mulher oferta produtos em uma rede social e, ao receber negativa das clientes, começam as ofensas e ameaças.

28 de ago 2023 - 23h:08 Créditos: CG News
Crédito: Paulo Francis

Várias mulheres estão procurando a polícia para denunciar uma pessoa de 44 anos, acusada de ameaçar, xingar e perseguir as vítimas, após abordagem através das redes sociais.

Ao Campo Grande News, uma das vítimas, de 39 anos, que prefere não ser identificada, contou que conheceu a mulher há alguns meses, após comprar um perfume com ela que estava sendo anunciado em uma página de vendas no Facebook.


Meses depois, após uma nova tentativa de venda, a vítima disse que recusou o produto, por não ter interesse no momento. “Quando eu recusei o perfume dela, já foi motivo para ela fazer um inferno na minha vida. Ela foi nas minhas redes sociais, conseguiu achar o meu marido, filho do meu marido, minha ex-sogra e mandou mensagens me ofendendo, me xingando, me expondo, espalhando as minhas conversas para todos do meu Facebook, até para gente que eu nem conhecia direito”, disse.


Além das ofensas, a “vendedora” chegou a afirmar que jogaria “ácido no rosto dela” e que era para ela “tomar muito cuidado por onde anda”.

Uma das várias mensagens recebidas pela vítima (Foto: Arquivo Pessoal)
Uma das várias mensagens recebidas pela vítima (Foto: Arquivo Pessoal)


Indignada com a situação, a mulher fez uma publicação em um grupo da mesma rede, destinado à reclamação de lojas e comerciantes da cidade. Com o relato, várias outras pessoas surgiram afirmando terem tido o mesmo problema com a suposta vendedora, que possui a mesma abordagem.


“Todo mundo revoltado, falando que essa mulher faz isso mesmo, que ela inferniza as pessoas, ela persegue, ameaça”. Nos comentários, as pessoas passaram a colocar o verdadeiro nome da acusada e as dezenas de processos e boletins de ocorrência que constam no nome dela.


A vítima contou que, mesmo bloqueando o número por onde as ameaças são feitas, outros surgem e continuam com as perseguições. “A gente ignora, a gente exclui e ela continua, é o tempo todo, da manhã até a noite. Ninguém aguenta mais”, relata.


Quem denuncia o mesmo caso é uma jovem de 22 anos, que contou que as ameaças começaram quando perguntou à mulher se a loja dela possui Instagram. “Essa simples pergunta já ocasionou ela falar um monte de coisa, usando palavras super grosseiras”, disse.


Assim como a outra vítima, a jovem também fez uma publicação no grupo destinado à reclamação no Facebook, com um print da mulher sendo grosseira. “Nisso ela criou uma conta e começou a comentar que era mentira minha e começou a perseguição. Ela me mandou mensagem de uns três números diferentes. Eu tenho uma loja, ela mandou foto da loja, minha, do meu esposo, do meu filho me xingando”.


Ameaças e xingamentos recebidos pela jovem (Foto: Arquivo Pessoal)
Ameaças e xingamentos recebidos pela jovem (Foto: Arquivo Pessoal) 


Instante depois, outra mulher apareceu dizendo que estava passando pela mesma situação, ao não comprar um produto que a suspeita estava anunciando, por conta do preço. “Tem familiar que nem tem Facebook, ela consegue o número. Hoje mesmo uma amiga de São Paulo me mandou um áudio falando que ela estava expondo o meu número, dizendo que eu devo ela, sendo que eu só perguntei o Instagram dela”.


Da mesma forma, outra mulher que estava em busca de máscara de cabelo para a filha encontrou o perfil da “vendedora” pela rede social e, ao perguntar sobre valores, mas não se interessar pelos produtos, passou a ser ameaçada e perseguida.


“Ela começou a me xingar pelo messenger mesmo. No meu Facebook, que é minha página profissional, tem meu contato. Ela pegou meu número e começou a me mandar um monte de mensagem me xingando e me bloqueou”, contou.


Mas após relatar o ocorrido no mesmo grupo que as outras mulheres, passou novamente a ser ameaçada pela vendedora, que diz não se intimidar com Boletins de Ocorrência na polícia.


Todas as mulheres registraram o caso na Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, que agora segue sob investigação. 

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