Um colega de escola, por quem nunca nutriu o menor interesse, tornou-se a grande diversão da publicitária mineira Mayra*, de 38 anos, durante a quarentena.
Casada há 8 anos com um engenheiro civil e mãe de uma menina de 4 anos, Mayra, como boa parte das mulheres brasileiras, não aguentava mais a múltipla jornada na pandemia do coronavírus e acabou encontrando no antigo amigo uma distração em meio a tantas tarefas.
“O que começou com uma discussão política no grupo de WhatsApp dos ex-alunos do colégio virou um papo só nosso, em uma conversa privada”, conta.
Em pouco tempo, suas visões de direita e esquerda foram cedendo espaço para temas muitos mais íntimos. “Resultado: acabamos trocando palavras eróticas e nudes, algo que em anos de casamento, nunca havia feito. Nem ele”.
Se a intimidade entre os dois saíra do plano virtual para o real, só o fim da pandemia dirá. Enquanto esse dia não chega, muitos comprometidos têm adotado a paquera virtual como uma fuga.
De acordo com levantamento do Google Trends realizado na primeira quinzena deste mês, a busca por “aplicativos de relacionamento para casados” aumentou em 120%.