
Representantes do Ministério da Saúde afirmaram que não vai ter vacina para toda a população brasileira em 2021. Além do quantitativo insuficiente, há grupos que não estão participando dos testes, como crianças e gestantes, e que, por isso, não deverão ser imunizados inicialmente, explicou Francieli Fontana, coordenadora do Programa Nacional de Imunizações da pasta:
“Nós definimos objetivos (com grupos prioritários) para a vacinação, porque não temos uma vacina para população brasileira. Além disso, os estudos não prevêem estar trabalhando com todas as faixas etárias inicialmente, então não teríamos mesmo como vacinar toda a população brasileira".
Segundo a pasta, o público-alvo para a vacina ainda será definido, quando o imunizante estiver mais próximo de ser disponibilizado, devido à necessidade de se avaliar as características da substância, inclusive as indicações. Mas, segundo Franco serão levados em conta os grupos com risco de ter o quadro grave da doença, a faixa etária, comorbidades e até "aspectos étnicos".
O secretário-executivo afirmou que a população estará segura, mesmo com grupos não vacinados, comparando o esquema de imunização da Covid-19 com a da gripe (influenza), que ocorre todos os anos com meta de alcançar 80 milhões de brasileiros.
Ele afirmou que, mesmo do ponto de vista internacional, não há expectativas de se ter vacina para todos, citando que a Covax Facility, consórcio internacional para produção de imunizantes contra a Covid-19, tem como objetivo "um aceso a 2 bilhões de doses para vacinar todo o mundo".
No Brasil, há quatro vacinas sendo testadas. Nesta sexta-feira (27), o laboratório Janssen-Cilag, responsável por um dos estudos no país, enviou um pacote de dados sobre eficácia e segurança verificadas nas pesquisas para avaliação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).