Auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) apontou que o Ministério da Defesa gastou recursos destinados ao enfrentamento à covid para comprar de filé mignon a picanha. As informações são da Folha de S. Paulo.
O levantamento sigiloso da Secretaria de Controle Externo de Aquisições Logísticas (Selog) indica que foram usados R$ 535 mil em itens considerados 'de luxo'.
A inspeção foi aberta para investigar supostas irregularidades na aquisição de gêneros alimentícios desde 2017. Chamaram a atenção dos técnicos os gastos das Forças Armadas durante a pandemia em 2020.
Os auditores acreditavam que com o teletrabalho, o gasto com alimentação iria diminuir, o que não aconteceu e levantou a suspeita. A análise foi autorizada pelo ministro, relator do caso na corte. A assessoria de imprensa da Defesa afirmou, em nota, que as atividades do Exército, da Marinha e da Aeronáutica foram mantidas na pandemia. Isso inclui, disse o órgão, a alimentação fornecida às tropas.
A auditoria constatou que, dentre os órgãos superiores dos três Poderes, a Defesa foi a que mais gastou recursos para compra de itens considerados não essenciais. Destacam-se bacalhau, salmão, camarão e bebidas alcoólicas.