Gisely Duarte Galeano, de 35 anos, moradora em Ponta Porã, na fronteira com o Paraguai, morreu por volta de 11h40 de quarta-feira (28/9), no Hospital da Cassems, em Dourados, dias após ser agredida pelo marido, identificado como Fernando, de 35, no município de Bela Vista, onde ele reside.
A vítima também sofreu um aborto devido às agressões e, segundo o boletim de ocorrência, no dia 3 de fevereiro, o homem a agrediu e ela representou criminalmente contra ele. No entanto, como ele não aceitava o fim do relacionamento, entrou em contato com Gisely e pediu para reatar.
Na delegacia, a irmã dela, contou aos policiais que no dia 19 deste mês, ela foi até sua casa, e foi recebida com o portão entreaberto, não conseguindo adentrar na residência. Depois, tentou várias vezes falar com a vítima, mas o telefone ‘dava’ caixa postal.
Já no dia seguinte, Gisely foi encontrada pela irmã, deitada no sofá, vestindo uma calça, vestido por cima e toca – fato que chamou atenção -, e reclamando de fortes dores abdominais. Ela foi socorrida e levada para o Hospital da Cassems de Ponta Porã, onde foi constatado o aborto e um derrame cerebral.
Diante do quadro de saúde, a mulher foi transferida para o Hospital da Vida, onde estava internada e ontem, no fim da manhã, não resistiu. Consta ainda no registro policial, que ela sofreu duas paradas cardíacas antes da transferência de unidade hospitalar.
O caso foi registrado na DAM (Delegacia de Atendimento à Mulher) de Ponta Porã e até o momento, não há informações sobre o autor das agressões, que deverá responder por feminicídio, entre outros crimes.