O biólogo brasileiro Pedro Fruet foi um dos seis vencedores do Prêmio Whitley 2021, distinção conhecida como "Oscar verde", entregue pela entidade britânica Whitley Fund for Nature (WFN) em maio.
O cientista atua na preservação de botos ameaçados pela pesca em Rio Grande, na Região Sul do Rio Grande do Sul.
O prêmio de 40 mil libras, o equivalente a cerca de R$ 300 mil, será destinado a ações de conservação dos botos da região.
O especialista afirma que há aproximadamente 90 botos vivendo nas águas do Sul do RS. A meta do projeto é reduzir a mortalidade dos animais em 40% nos próximos cinco anos.
"Esse prêmio está coroando um trabalho. Faz 20 anos que eu estudo esses animais, eu dedico a minha vida a isso. Mas, na verdade, o projeto dos botos teve início em 1974", explica.
Fruet é formado em biologia, com mestrado e doutorado na Universidade Federal de Rio Grande (FURG) na área de oceanografia biológica.
Pesquisador há 20 anos, o cientista integra um projeto de preservação, iniciado em 1974 no Museu Oceanográfico da FURG e é sócio-fundador da ONG Kaosa. Além disso, o biólogo é secretário do Meio Ambiente do município gaúcho.
O prêmio seleciona seis conservacionistas do Hemisfério Sul, financiando os projetos e dando treinamento para os cientistas. É a décima vez que o Brasil é reconhecido pela WFN.
"Vamos continuar monitorando a população de botos para entender como ela responde a esses estímulos e impactos humanos ao longo do tempo".