Depois de sete meses internada para tratar a covid-19, a bioquímica Aída Younes, de 67 anos, teve alta no dia 18 de junho do hospital Vila Nova Star, na Zona Sul de São Paulo.
O longo tratamento foi uma história de muitas idas e vindas, “felizmente com final feliz”, segundo a médica Ludhmila Hajjar.
"Foi um dos casos mais desafiadores da minha carreira. Renovei minha fé na Medicina e com certeza é um caso que me fez uma médica melhor", disse a intensivista que tem mais de 20 anos de experiência em UTIs e é professora de Cardiologia da Faculdade de Medicina da USP.
Durante o tempo de internação, Aída Younes passou por 12 infecções sistêmicas, cinco intubações, insuficiência renal e falência hepática do fígado.
“Foram cerca de cem dias de intubação. O índice de óbito de uma infecção sistêmica é de 60% dos pacientes. Ela teve mais de dez infecções. Mas a Aída tinha uma força de reação e de vontade de viver que surpreendeu todo o hospital”, afirmou a médica.