Apontado como comparsa de Iranildo Roa Tomicha, morto por policial penal em tentativa de assalto na noite do dia 23 de junho, se apresentou à polícia nesta quarta-feira (28). Silvio Aparecido de Souza Moreira negou qualquer participação no crime e alegou ser apenas motorista de aplicativo.
O crime aconteceu em frente a uma barbearia na Rua Goiatuba, Jardim Morenão. Câmera de segurança flagrou o momento em que Iranildo tenta abordar um motociclista que saía do local, mas acabou sendo ferido a tiros por policial penal que cortava o cabelo no local.
De acordo com o registro policial, o crime aconteceu por volta das 18h50 e Iranildo chegou a fugir do local em um carro Gol, dirigido por Silvio. O corpo do assaltante foi achado momentos depois em frente a uma casa na Rua Francisco Amaral Militão, que seria da mãe do condutor. Prima do assaltante estava no local e disse ser esposa do suposto comparsa.
Na ocasião, ela relatou à polícia que os dois rapazes estavam juntos e que o marido chegou a mandar mensagens pedindo para que ela apagasse as conversas que tiveram e não contar que ele estava junto com Iranildo, pois os dois eram adultos e sabiam o que estavam fazendo. O celular dela foi apreendido.
Silvio se apresentou na Defurv (Delegacia Especializa na Repressão a Roubos e Furtos de Veículos), acompanhado pelo advogado Cairo Frazão. Ao Campo Grande News, o defensor explicou que em depoimento o seu cliente negou a participação no crime e que apenas aceitou uma corrida particular para Iranildo.
“Ele conhecia o Iranildo sim e pediu uma corrida particular para levar o rapaz até a Casa do Albergado, porque ele cumpria pena no regime aberto. No trajeto, Iranildo pediu que ele parasse perto de uma conveniência para que ele recebesse um dinheiro. O meu cliente parou na esquina, ele desceu e depois voltou correndo mancando, entrou no rumo e seguiram viagem”, disse o advogado.
Cairo explicou ainda que Silvio afirmou que não sabia que Iranildo estava armado e muito menos que ele iria praticar qualquer tipo de delito. Além disso, afirmou que desde segunda-feira (26) tentou apresentar o rapaz, mas não conseguiu por conta do problema no Sigo (Sistema Integrado de Gestão Operacional).
Sobre a suposta troca de mensagens e o local onde Iranildo foi deixado, o advogado afirmou que será repassado apenas em juízo, já que ainda estão sendo feitas diligências pela polícia. Silvio foi ouvido e liberado.