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Sábado, 20 de abril de 2024

Professor explica porque a imunização da vacina é segura

Pesquisador explica quais são as vacinas existentes

29 de jul 2020 - 10h:26 Créditos: Roberta Ferreira
Crédito: Divulgação

A vacina é o assunto do momento por causa do coronavírus, porém pessoas criaram uma insegurança, pois não se sabe até onde a vacina trás benefícios para o corpo humano.  

Segundo o professor Dr. em doenças infecciosas e parasitárias, Roberto Dias de Oliveira, as vacinas são divididas em dois grandes grupos, as derivadas de organismos vivos e organismos mortos. “A priori as vacinas são divididas em dois grandes grupos, aquelas vacinas que são derivadas de organismos vivos, como é o caso da vacina de febre amarela. O vírus da febre amarela está presente na vacina, mas ele é atenuado por aumento de temperatura e uso de algumas substâncias”, afirma Oliveira. Já o outro grupo pode ter além do vírus, outros organismos. “Nas vacinas derivadas de organismo mortos podemos pegar um pedaço de bactéria ou vírus para poder compor essas vacinas”, ressalta.

Nos dois casos a recomendação é de que a vacina gere anticorpos para determinada doença, sem fazer com que a pessoa desenvolva a forma mais grave deste problema.  

“No caso das vacinas com organismo vivo, a presença desse vírus, atenuado, é capaz de enganar o organismo. Toda vacina é um embuste ao sistema imunológico, quer dizer, a gente expõe o sistema imunológico humano a um determinado agente patogênico. O corpo entende que a gente está sendo invadido por aquele agente e produz defesas ativando o sistema imunológico”, reforçou.  

Oliveira ainda fala que tem poucos casos de contradição da vacina, como por exemplo, o ovo, pois tem pessoas que são alérgicas a medicamentos que tem como componente esta proteína.  

“No caso da vacina para febre amarela, ela é composta de água, conservantes, antibióticos para evitar que seja um meio de contaminação para bactérias, além de ser cultivada em proteína do ovo. Caso a pessoa seja alérgica, essa pode ser uma contraindicação para a vacina de febre amarela”, aponta.

E ainda o pesquisador justifica que não tem motivos para ter medo da imunidade. “As vacinas do ponto de vista técnico são extremamente seguras porque as doses dos microrganismos presentes são pequenas, então é improvável que você tenha uma doença decorrente de uma vacinação. A vacina é a forma mais segura de se prevenir contra doenças, através da imunização ativa. Eu forço o sistema imunológico a produzir anticorpos de determinada doença. É uma maneira rápida e extremamente barata de a gente conseguir controlar algumas doenças”, acredita.

Para o professor, provavelmente a vacina mais esperada no momento não deve erradicar a doença, mas evitar sua forma mais grave. “A vacina para a Covid-19 não vai ser uma vacina que vai erradicar a doença do mundo, ela vai manter sob controle para evitar formas graves e os óbitos em grupos de maior vulnerabilidade”, finalizou.  

 

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