O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, deu ao Partido Liberal (PL) o prazo de 48 horas para que a sigla explique seus gastos com anúncios eleitorais favoráveis ao presidente Jair Bolsonaro (PL) – que concorre oficialmente a reeleição. A ação ocorre após o Partido dos Trabalhadores (PT), o Partido Verde (PV) e o Partido Comunista do Brasil (PCdoB) entrarem com uma representação na Corte acusando a legenda de propaganda irregular. O motivo do questionamento foi o impulsionamento de 15 vídeos realizados pelo PL no YouTube, com um custo de R$ 742 mil. Na decisão do magistrado, o qual a equipe de reportagem da Jovem Pan teve acesso, Fachin argumenta que é necessário uma análise detalhada sobre o caso.
“Faz-se imperioso, portanto, oportunizar a prévia manifestação do representado, estabelecendo-se o contraditório, inclusive para que seja viabilizada a possibilidade de justificação acerca da origem dos recursos financeiros despendidos com o impulsionamento dos conteúdos na plataforma do YouTube nos dias 22 e 23 de julho de 2022”, disse o presidente da Corte eleitoral. A Procuradoria-Geral Eleitoral também deverá se manifestar sobre o caso. Os vídeos em questão circularam na véspera da convenção partidária do PL. Na representação dos partidos oposicionista, o grupo argumenta que o “Partido Liberal gastou, por anúncio, uma média de R$ 49.466,67, enquanto os demais partidos reunidos gastaram, por anúncio, uma média de R$ 2.169,46, ou seja, impressionantes 22 vezes mais, por anúncio, que a média dos outros partidos”.