
Os focos de queimadas no Pantanal têm prejudicado muito a fauna e flora, o nível do Rio Paraguai está baixo do que o normal também.
Nos meses de janeiro a maio os volumes de chuvas diminuíram 50%, o que preocupa e muito os moradores da região.
No Pantanal os incêndios já ultrapassaram aproximadamente 3 milhões de hectares.
“A temperatura muito alta e a baixa de umidade do ar, o clima seco e os ventos têm contribuído para que o fogo continue se alastrando, muitas espécies de animais que poderiam ser resistentes acabam sendo prejudicados, porque o impacto ambiental dessas queimadas é grande”, afirma o analista ambiental do Ibama/Prevfogo, Alexandre de Matos Martins Pereira. “Vamos precisar de muita chuva nessa região, pois a perca é gigantesca; muitos animais mortos, até onças que conseguem nadar não resistem a essas queimadas”, ressaltou.
Segundo a professora e pesquisadora associada do Programa de Pós-Graduação em Ecologia e Conservação da Biodiversidade da Universidade Federal de Mato Grosso (PPG-ECB/IB-UFMT), Cátia Nunes de Cunha, falou que o bioma poderá levar 50 anos para ser o que era antes.
De acordo com informações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), no ano de 1998 foram registrados 6.048 focos de queimadas. Ano passado, em setembro teve 2.887 focos em 30 dias, em setembro deste ano houve uma alta de 109%.
O número de focos está em 211% acima da média histórica. Até o momento foram mais de 16.201 focos registrados de queimadas desde janeiro até setembro de 2020.