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Sábado, 19 de outubro de 2024

'Estou jurado de morte': jovem morto na varanda de casa já foi preso com pistola e 40 quilos de cocaína em Campo Grande

Vizinhos relataram que Bruno já usou tornozeleira eletrônica

29 de out 2021 - 21h:37 Créditos: Mídiamax/Campo Grande News
Crédito: Marcos Tenório

Foi identificado como Bruno Lemes de Goés, de 21 anos, o rapaz encontrado morto na tarde desta sexta-feira (29)no Bairro Residencial Flores, em Campo Grande. Bruno foi preso em 2018 com uma pistola Glock 9 mm. Os disparos atingiram o rosto, coração e peito da vítima, que morreu antes mesmo que recebesse atendimento.  Veja aqui

Conforme registro policial da época, Bruno foi abordado por policiais militares e foi encontrado, no bolso de sua calça, substância análoga à cocaína. Ele tentou fugir pelas ruas do Bairro Portal Caiobá 2.

Bruno foi encontrado após vizinhos denunciarem que ele estava escondido em uma casa no Bairro Celina Jalad. Questionado pelos policiais sobre o motivo de ter fugido, ele disse "não quero ser preso e perder minha arma, estou jurado de morte".

Na casa de Bruno, em seu quarto, foram localizados uma pistola glock calibre 9mm junto a 53 munições, outras 11 munições calibre .40, além de 53 "paradinhas de cocaína", um tablete com porção maior de cocaína e 5 porções de pasta base. A droga totalizou 48,40 quilos.

Perguntado sobre a arma, Bruno disse que não conhecia o vendedor, mas pagou R$ 7 mil. R$ 829 em espécie foram encontrados em uma caixa no quarto dele. Sobre a droha, ele disse que comercializava no bairro, "pois precisava ajudar sua família".

Durante audiência de custódia, a prisão em flagrante foi convertida em preventiva. Bruno já tinha passagens por tráfico de drogas, inclusive quando era menor de idade.

'Amigos' fugiram em Golf preto

Conforme relato de testemunhas, o rapaz estava conversando com amigos e escutando música na varanda de sua casa, quando quatro homens chegaram, em um Volkswagen Golf preto, e entraram na residência.

Um deles efetuou, primeiramente, dois disparos contra a vítima, e outro chegou a retornar para atirar mais uma vez, segundo vizinhos. Eles ainda informaram ao Jornal Midiamax que recentemente a vítima usava tornozeleira eletrônica. 

A Ursa (Unidade de Resgate e Suporte Avançado) do Corpo de Bombeiros chegou a ser acionada, mas o homem já estava sem vida. A perícia e a Polícia Civil estiveram no local, além de policiais militares e do Batalhão de Choque, que fazem buscas pelos autores.


Polícia Civil 

Para a Polícia Civil, o assassinato de Bruno foi motivado por “acerto de contas” relacionado a um dos crimes praticados pela vítima. O rapaz foi morto por volta das 15h, na varanda de casa, na região do Bairro União, em Campo Grande.

"Nós já temos um suspeito e uma linha de investigação. A motivação seria acerto de contas ligado a um dos crimes que ele se envolveu", disse o delegado Camilo Kettenhuber, ao deixar a cena do crime.

A equipe da 6ª DP (Delegacia de Polícia), que estava no local, apurou que ele estava na residência, quando três suspeitos chegaram, bateram no portão e a vítima abriu. Os quatro ficaram por um tempo, até que os vizinhos ouviram os disparos.

A perícia localizou um projétil no local, mas no corpo tinham cinco perfurações - uma delas no tórax e outra no rosto. Como vizinhos dizem ter ouvido três disparos, as marcas podem ser de entrada e saída no corpo da vítima.

De acordo com uma das testemunhas, o rapaz conversava com outros três homens na varanda quando dois tiros foram dados. Na frente da residência, havia um VW Golf de cor preta estacionado. “Fui ver o que estava acontecendo, foi quando dois saíram da casa, um terceiro foi em direção ao carro, mas voltou e atirou de novo”, contou ao Campo Grande News.

Muito abalada, a mãe da vítima esteve no local, mas preferiu não dar entrevista. Bruno Lemes tem ficha criminal extensa e uma das passagens pela polícia é por homicídio.

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