
A Polícia Federal (PF) realizou neste sábado (28) uma operação para desarticular o grupo responsável por um ataque contra os sistemas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Um suspeito foi preso em Portugal, com cooperação da polícia portuguesa. A operação ocorreu na véspera do segundo turno das eleições municipais.
Segundo a PF, o hacker preso em Portugal seria o líder do grupo e teria atuado em conjunto com ao menos três brasileiros na invasão de dados do TSE e divulgação desses dados no dia do primeiro turno da eleição, com o objetivo de desestabilizar o processo eleitoral brasileiro.
Também estão sendo cumpridos três mandados de busca e apreensão em São Paulo e em Minas Gerais, contra os hackers brasileiros.
Os mandados cumpridos no Brasil foram expedidos pela 1ª Zona Eleitoral do Distrito Federal, após pedido da PF e parecer favorável do Ministério Público.
A Justiça também proibiu que os três alvos brasileiros mantivessem contato entre si. Segundo fontes, a PF não chegou a pedir prisão dos brasileiros porque a legislação eleitoral impede a realização de prisões no período dos cinco dias anteriores ao pleito.
Com o avanço das investigações, novas cautelares podem ser solicitadas contra os hackers. A abertura da investigação foi anunciada no dia do primeiro turno, após hackers divulgarem informações de funcionários do TSE.
Os crimes apurados são de invasão de dispositivo informático e de associação criminosa, ambos previstos no Código Penal, além de outros previstos no Código Eleitoral e na Lei das Eleições.