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Sábado, 09 de novembro de 2024

PF combate tráfico de indígenas para atuar em roças de maconha

Adolescentes indígenas submetidos a condições semelhantes à escravidão em lavouras de maconha

29 de nov 2022 - 15h:11 Créditos: Campo Grande News
Crédito: Google

Organizações criminosas que dominam o narcotráfico na fronteira do Paraguai com Mato Grosso do Sul estão praticando também tráfico de pessoas.

Indígenas, principalmente adolescentes, são recrutados no lado brasileiro e submetidos a condições semelhantes à escravidão em lavouras de maconha no departamento de Amambay, cuja capital é Pedro Juan Caballero.

Nesta terça-feira (29), com colaboração da Funai, a Polícia Federal desencadeou a Operação Ceuci Mirim para cumprir oito mandados de busca e apreensão, sendo três no município de Paranhos, dois em Aral Moreira e os demais em Tacuru, Amambai e Antônio João.

Segundo a PF, a organização criminosa atua na fronteira do Brasil com o Paraguai, principalmente na região do Cone Sul de Mato Grosso do Sul. Amambay concentra pelo menos 70% da produção de maconha em território paraguaio. 

Os indígenas são recrutados pela quadrilha nas aldeias de Paranhos, Coronel Sapucaia, Aral Moreira, Amambai, Antônio João, dentre outras da região. As investigações foram feitas de forma conjunta entre a Polícia Federal, Ministério Público Federal, Promotoria de Justiça do Paraguai e Polícia Nacional do país vizinho. 

Conforme a PF, como os crimes se consumam em território estrangeiro, as buscas feitas hoje têm como finalidade obter provas da prática de tráfico de pessoas, tipificado nos artigos 239 da Lei 8.069/90 (Estatuto da Criança e do Adolescente) e no artigo 149-A do Código Penal.

Com a apreensão de dispositivos eletrônicos, documentos e outros elementos de prova, a PF espera identificar vítimas, aliciadores e proprietários de lavouras de maconha no Paraguai para onde os indígenas são levados. 

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