Um empresário de Manaus descobriu quase R$ 2 mil disponíveis após consultar o sistema disponibilizado pelo Banco Central para verificar valores a receber de bancos e demais instituições financeiras.
Luiz Eduardo Leal contou ao g1 que fez a consulta de maneira despretensiosa, para saber se teria algo a receber.
Quando o sistema foi liberado para consulta, na última segunda-feira (24), Leal entrou no site do Banco Central e, para sua surpresa, viu que tinha R$ 1.984,00 para receber.
“Era uma conta antiga, da época que era adolescente, época de escola. Fui ver e aí estava lá o dinheiro. Não estava esperando. Essa conta ficou abandonada lá, tanto que nem lembro a senha”, disse o empresário.
Apesar de ter visto o valor a receber, Leal contou que ainda não conseguiu transferir para sua conta, pois o sistema foi tirado do ar após um grande número de acessos provocar instabilidade e queda em sites do Banco Central.
O empresário disse ainda que se sentiu feliz ao saber que tem o dinheiro para receber e afirmou que o valor veio em uma boa hora.
“Eu acabei de voltar de uma viagem para o Sul do país e estou em planejamento do meu casamento. Uma parte vai para pagar a viagem que fiz e a outra vai para o casamento. Ainda bem que eu vi em vida. Já aconteceu na minha família de fazer inventário de pessoas que faleceram e nem ele saber que tinha conta com dinheiro. É uma sensação gostosa saber que tem um dinheiro que você não contava e ele chegar em uma boa hora”, finalizou Leal.
Sistema para consulta de valores a receber de bancos e instituições
BC cria sistema para cliente saber se tem dinheiro retido em banco
O Banco Central disponibilizou o sistema para que pessoas e empresas possam consultar se têm algum valor a receber de bancos e demais instituições financeiras, na última segunda-feira (24).
Um dia depois, o sistema foi tirado do ar após um grande número de acessos provocar instabilidade e queda em sites do Banco Central.
Ainda de acordo com o Banco Central, apesar da instabilidade no sistema, 79 mil cidadãos conseguiram acessar entre segunda e terça-feira e concluir 8,5 mil solicitações de devolução.
Esses pedidos somam cerca de R$ 900 mil e, segundo o Banco Central, "serão transferidos via PIX em até 12 dias úteis".
"O lançamento do Sistema Valores a Receber (SVR) gerou demanda de acessos muito acima da esperada, o que provocou instabilidade em sua página e também nos sites do BC, do Registrato e Minha Vida Financeira. Para estabilizar esses sites, o BC suspendeu temporariamente o acesso ao SVR", informou o Banco Central em nota divulgada na tarde desta terça.
Como funciona o serviço
O serviço permite que pessoas e empresas consultem se têm valores a receber de instituições financeiras das quais já tenham sido clientes. Esses valores são, por exemplo, depósitos que não foram retirados após encerramento de contas (veja no vídeo abaixo).
"Estamos trabalhando para que o funcionamento dos sites seja normalizado o mais breve possível e também para o retorno do SVR. Manteremos o público informado quanto a esses desenvolvimentos e pedimos desculpas pelo transtorno”, completa a nota.
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Banco Central cria sistema para clientes consultarem valores a receber de bancos
Sistema anunciado
Segundo o Banco Central, nesta primeira fase do serviço são cerca de R$ 3,9 bilhões de valores a serem devolvidos para 24 milhões de pessoas físicas e jurídicas. Os valores decorrem de:
- contas-correntes ou poupança encerradas com saldo disponível;
- tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, desde que a devolução esteja prevista em Termo de Compromisso assinado pelo banco com o Banco Central;
- cotas de capital e rateio de sobras líquidas de beneficiários e participantes de cooperativas de crédito; e recursos não procurados relativos a grupos de consórcio encerrados.
Ao todo, o Banco Central estima que os clientes tenham a receber cerca de R$ 8 bilhões. O restante dos valore será disponibilizado no decorrer deste ano de 2022, fruto de:
- tarifas e parcelas ou obrigações relativas a operações de crédito cobradas indevidamente, previstas ou não em Termo de Compromisso com o BC;
- contas de pagamento pré-paga e pós-paga encerradas com saldo disponível;
- contas de registro mantidas por corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários encerradas com saldo disponível; e
- outras situações que impliquem em valores a devolver reconhecidas pelas instituições.
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