
Credores da massa falida, Usina São Fernando, receberam nesta terça-feira (29) duas propostas para aquisição do espaço. A oferta foi realizada pela empresa Pedra Agroindrustrial, que ganhou e assume a propriedade daqui em diante.
Foi apresentado o valor de R$ 661 milhões em 20 parcelas anuais, sendo a entrada e caução de R$ 10 milhões e mais 19 parcelas de R$ 20 milhões, que sofrerão reajuste de 5% ao ano.
Seguindo o cronograma proposto, os valores começam em R$ 21 milhões e terminam em R$ 50,5 milhões.
Localizada no município de Dourados, a usina está falida desde 2017 e parada há mais de um ano. Conforme o documento protocolado pela Pedra Agroindustrial, há interesse em desmontar os equipamentos e máquinas da indústria e levá-los a outras usinas.
O maior medo dos funcionários é de não haver pagamento dos processos empregatícios


Confira na íntegra a nota de repúdio da ACED
MANIFESTO DE REPÚDIO:
SÃO FERNANDO, orai, por nós!
A ACED - Associação Comercial e Empresarial de Dourados - Por seu Presidente Nilson A. Santos, Diretor de Agronegócio Lídio Guerra e Diretor Jurídico Leandro Belon,
CONCLAMA a todos Presidentes e Jurídicos de Entidades de Classes, Prefeitura Municipal, Câmara Municipal, Assembleia Legislativa, SEMAGRO, Ministério Público, Imprensa e a quem mais interessar possa, a LEVANTAR um MOVIMENTO de MANIFESTAÇÃO contra os rumores de que a decisão final do arremate da Massa Falida da Usina São Fernando em Dourados favorável à Pedra Agroindustrial, com possibilidade de fazer o DESMONTE da planta local e levá-la para outra localidade, que trará IMENSURÁVEL PREJUÍZO a uma enorme cadeia de sustentabilidade econômica e social, será considerado um desastre para a comunidade da nossa região da Grande Dourados.
Para tanto, CONVIDA a toda coletividade envolvida no processo, para uma reunião geral no auditório da ACED, hoje, às 16 horas.
VAMOS À LUTA !
Em 2020 usina foi condenada a pagar indenização a funcionários
O valor fixado foi de R$100 mil a título de indenização por dano moral coletivo
O processo está sendo acompanhado, na Coordenadoria de Recursos Judiciais (CRJ) da Procuradoria-Geral do Trabalho (PGT), pelo subprocurador-geral do Trabalho Manoel Jorge e Silva Neto.
O que diz o Sindicato Rural?
O diretor do sindicato diz que é inviável empresa continuar em Dourados ou ser arrendada para outro local, pois não teria terra e canavial para produção de cana.
Confira o vídeo do diretor do Sindicato Rural de Dourados