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Segunda, 09 de junho de 2025

Choque inflacionário no preço dos alimentos, combustível e manutenção de lavouras.

Ainda a maior preocupação é em relação aos preços, no entanto, segue relacionada ao clima

30 de jul 2021 - 16h:06 Créditos: DAIANE SCHUINDT
Crédito: Imagem Ilustrativa retirada da Web

A onda de frio relacionada às baixas temperaturas afetam as lavouras e devem gerar mais um choque inflacionário no preço dos alimentos. Mas os efeitos dos dias de frio intenso, que devem durar até domingo (1°), ainda podem provocar impactos em cadeia sobre os preços em geral. Ainda a maior preocupação é em relação aos preços, no entanto, segue relacionada ao clima, mas não à baixa temperatura: a seca, que prejudica a produção de energia – e encarece as contas de luz dos brasileiros.

Como mostrou reportagem do G1 nesta quarta-feira (28), mais esse desajuste climático renovou o desafio de agricultores no Sul, no Sudeste e até no Centro-Oeste na redução de prejuízos. Geadas que aconteceram em semanas anteriores resultaram em perdas milionárias com lavouras inteiras "queimadas" pelo gelo, folhas congeladas e até o comprometimento de plantas jovens. Como toda redução de oferta, haverá um novo impacto nos preços dos alimentos nos próximos meses.

O setor foi o grande vilão da inflação de 2020. O conjunto de alimentos e bebidas teve alta acumulada de 14,09% no ano, impulsionado pelo aumento do consumo durante a fase inicial da pandemia do coronavírus.

Os alimentos responderam sozinhos por quase metade da inflação do ano, com um impacto de 2,73 pontos percentuais sobre o índice geral de 4,52% em 12 meses. Desde a virada do ano, contudo, a inflação dos alimentos perdeu parte da força que havia demonstrado. Pelo resultado do IPCA de junho, o setor acumula alta de 12,59%.

Apesar de permanecer bastante alto, o preço dos alimentos passou a ser ofuscado pelos combustíveis e energia elétrica. O grupo combustíveis e energia acumulou, em junho, 16,15% em 12 meses. Os dois itens serão os protagonistas do índice em 2021, segundo os economistas ouvidos pelo G1.

Assim o café, cana-de-açúcar, soja e trigo serão monitorados de perto pelo Ibre, diz ele. Os derivados destes produtos podem impactar as mais diversas cadeias de forma secundária. O trigo deságua na farinha, massas e biscoitos. Soja, em ração animal e, consequentemente, no preço das carnes. E a cana, no etanol.

Ainda a seca e falta de chuvas, contudo, são ainda mais preocupantes sob a ótica da produção energética. A energia elétrica residencial sozinha já acumula 14,20% no período, sendo 5,37% só no último mês.

A crise hídrica forçou a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a elevar a tarifa de energia ao nível máximo de cobrança ao consumidor pelo sistema de bandeiras tarifárias e ainda reajustar o teto de preço da bandeira vermelha patamar 2 em mais de 50%.

o grupo dos transportes, os combustíveis subiram 0,87% em junho e acumulam alta de 43,92% nos últimos 12 meses. A gasolina subiu 42,21% no período, enquanto o etanol teve alta de 59,61%. São impactos diretos no bolso dos domicílios que dependem do deslocamento.

Por fim, o Brasil é altamente dependente do transporte rodoviário na cadeia produtiva, o que aumenta o valor do frete e também empurra preços de produtos como efeito secundário. O diesel, que abastece os caminhões, teve alta de 40,74% em 12 meses.

Fonte: G1

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