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Domingo, 22 de dezembro de 2024

“Laranjas Podres” da Guarda Municipal são alvo do Gaeco em Ponta Porã

A ação desta terça-feira investiga os mesmo crimes que levaram os primeiros suspeitos para a prisão e é consequência das apreensões dos celulares dos investigados

31 de jan 2023 - 16h:24 Créditos: Primeira Página MS
Crédito: Martim Andrada

Com a quebra do sigilo telefônico, as equipes constataram que os alvos tinham até um grupo de WhatsApp chamado “Laranjas Podres” para conversarem sobre o esquema de corrupção vivido por eles.

Na prática, eles usavam os cargos para conseguir vantagem de criminosos flagrados por ele na fronteira de Mato Grosso do Sul com o Paraguai. A maioria dos alvos coagia contrabandistas e desviavam produtos de deveriam ser apreendidos e entregues a Polícia Civil. Além disso, pegavam armas de fogo e cigarros que eram transportados ilegalmente pela região.

Mais grave que isso, os “Laranjas Podres” ainda se dedicava ao tráfico de armas e munições, incluindo as desviadas por eles das ocorrências.

Conforme o Ministério Público Estadual, nesta terça-feira, 15 guardas municipais são alvos da operação: oito estão com mandado de prisão já decretados. Na ação, 17 endereços ligados aos investigados são visitados pelos policiais, além do próprio quartel da Guarda Municipal. Documentos, equipamentos eletrônicos e tudo que pode ser usado como prova dos crimes, foi apreendido.

O que diz a Prefeitura

Em nota, a Prefeitura de Ponta Porã lamentou “que alguns integrantes da Guarda Municipal sejam alvo de investigação” e afirmou que oferece todo apoio ao Ministério Público para que a situação seja esclarecida. O município também garantiu que os servidores alvos da ação passarão por uma “sindicância administrativa” na esfera e que ao fim do processo serão punidos.

Primeira fase
No dia 15 de setembro a primeira fase da operação foi deflagrada na cidade. Na época, quatro guardas municipais de Ponta Porã foram presos por desviar fuzis, pistolas, revólveres e munição de um local de crime.

A ação feita no fim do ano passado revelou que durante a apreensão de 1.800 quilos de maconha, em agosto de 2021, os guardas encontraram também armas e munições e ao invés, de apreenderem o arsenal para entregar à Polícia Civil, levaram o material bélico para casa.

Já na primeira fase, os promotores haviam constatado que um dos envolvidos mantinha um comércio ilegal na fronteira, comprava e revendia armas de fogo e munições de todos os tipos de calibre.

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