Uma parceria internacional entre cientistas tenta definir sobre a origem da covid-19. Um estudo feito mostra que esse novo vírus pode estar entre os morcegos há décadas.
Participaram da pesquisa especialistas dos Estados Unidos, Bélgica, Reino Unido e China. E para atingir esta conclusão eles tentaram recriar a "árvore genealógica" do coronavírus.
Os cientistas afirmam que o material genético do vírus não é fácil de descobrir e "regiões diferentes do genoma do vírus podem ter ancestrais diferentes", segundo Maciej F. Boni, autor principal do estudo e pesquisador pela Universidade Estadual da Pensilvânia.
Após fazer uma comparação com o genoma do vírus, as três técnicas indicam que ele compartilha uma linhagem ancestral com seu parente mais próximo conhecido, catalogado como RaTG13. Cada técnica fornece uma data provável para a separação: 1948, 1969 e 1982.
Os especialistas despertaram sobre uma linhagem de covid-19 com aspectos pertinentes para infectar os seres humanos, “será difícil identificar um com potencial para causar grandes problemas aos humanos antes que os surtos surjam”, afirmam os autores.
Precisa ser feito uma criação de "rede global de sistemas de vigilância de doenças humanas em tempo real", como o que identificou os casos incomuns de pneumonia em Wuhan em dezembro de 2019.
O estudo revela também que o novo coronavírus pode ter sido transmitido diretamente do morcego para as pessoas, embora não descarte a possibilidade de que os pangolins possam ter agido como um hospedeiro intermediário.
"As evidências atuais são consistentes com o vírus ter evoluído em morcegos, dando origem a variantes capazes de se replicar no trato respiratório superior de humanos e pangolins", cita trecho do artigo.
E outra investigação que ainda não foi publicada em nenhuma revista científica, aponta que a seleção natural do Sars-CoV-2 nos morcegos é que fez com que o vírus se tornasse "altamente capaz" de infectar humanos.
O estudo precisa passar por outros cientistas, para ser validada e publicada em revista cientifica.